Itamaraty pede aos brasileiros que evitem viagens ao Japão
14 mar2011 - 20h09
(atualizado às 20h14)
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O Ministério das Relações Exteriores (MRE) emitiu uma nota nesta segunda-feira pedindo aos brasileiros que evitem viagens ao Japão até que a situação no país asiático se normalize. A região nordeste do Japão foi atingida por um terremoto e um tsunami na última sexta-feira. Além disso, ainda há risco de um acidente nuclear por causa dos danos causados pelo terremoto em usinas nucleares localizadas na região devastada pelo sismo.
"Diante do estado de emergência e das incertezas decorrentes do terremoto no Japão, roga-se aos brasileiros evitar viagens àquele país até que a situação se normalize", diz a nota. Segundo o Itamaraty, cerca de 250 mil brasileiros vivem no Japão, a maioria na região centro-sul do país, onde os efeitos do tremor foram de menor intensidade. Em Fukushima, onde está localizada a usina nuclear que explodiu no sábado, moram 383 brasileiros.
Na cidade de Sendai, uma das mais afetadas pela tragédia natural, vivem 15 brasileiros, segundo dados do Ministério do Interior do Japão. O MRE afirmou que até o momento não há notícia de brasileiros mortos ou feridos. De acordo com o Itamaraty, a Embaixada do Brasil em Tóquio está trabalhando em regime de plantão, durante 24 horas, e solicita que pedidos de informação sejam dirigidos ao endereço eletrônico comunidade@brasemb.or.jp, em função de dificuldades de comunicação por telefone, especialmente em linhas de celular.
Além disso, o Núcleo de Atendimento a Brasileiros (NAB), que está em contato com a rede consular no Japão, colocou linhas de atendimento à disposição do público nos telefones: (61)3411-6752/6753/8804, das 8h às 20h, e (61)3411-6456, das 20h às 8h e fins de semana. As consultas poderão ainda ser dirigidas ao endereço eletrônico dac@itamaraty.gov.br.
Terremoto e tsunami devastam Japão
Na sexta-feira, 11, o Japão foi devastado por um terremoto que, segundo o USGS, atingiu os 8,9 graus da escala Richter, gerando um tsunami que arrasou a costa nordeste nipônica. Fora os danos imediatos, o perigo atômico permanece o maior desafio. Diversos reatores foram afetados, e a situação é crítica em Fukushima, onde existe o temor de um desastre nuclear.
Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram mais de 1,8 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Além disso,s prejuízos já passam dos US$ 170 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes e, aos poucos, iniciar a reconstrução das áreas devastadas.
Embarcações arrastadas pelo tsunami foram parar no meio de uma avenida na cidade de Kesennuma, no norte do país
Foto: AP
De bicicleta, homem passa em frente a um navio virado pelo tsunami que atingiu a cidade de Hachinohe, na província de Aomori
Foto: AP
Virados, navios flutuam em meio a óleo que vazou na água, na cidade de Fudai, na província de Iwate
Foto: AP
Homem passa de moto e observa um barco que era usado para pesca de lula, que foi arrastado pela água, em Hachinohe
Foto: Reuters
Moradora da cidade de Hachinohe observa navios e carro que foram jogados pelo tsunami, na província de Aomori
Foto: Reuters
Barco de pesca que foi levado pela água ficou virado de lado, em Hachinohe, em Aomori
Foto: Reuters
Pessoas observam navio que foi arrastado para fora do mar pela força do tsunami na cidade de Kamaishi
Foto: AP
Moradores de Kesennuma carregam pertences e passam por navio que ficou preso na margem de um rio, em Kesennuma
Foto: AP
Uma balsa parou em cima de uma casa depois do tsunami que atingiu a cidade de Otsuchi, na província de Iwate
Foto: Reuters
Levado pela água, navio foi parar no canteiro de uma avenida, na província japonesa de Aomori
Foto: Reuters
Na província de Aomori, dois navios foram arrastados para fora do mar e ficaram jogados na costa
Foto: AFP
Barcos pesqueiros foram arrastados pela água e ficaram no píer, em Oarai, na província de Ibaraki
Foto: EFE
Em meio ao caos em que se transformou a rua, um barco de pesca ficou atravessado, em Miyako
Foto: AP
Homem caminha entre carros, destroçoes de construções e um barco que avançou sobre rua em Miyako
Foto: Reuters
Água inunda a cidade de Asahikawa e carrega arrasta barcos para a terra, logo depois da chegada do tsunami
Foto: Reuters
Casal observa o casco de um navio que interditou uma avenida na cidade de Hachinohe, em Aomori
Foto: Reuters
Navio foi arrastado até uma área devastada da cidade de Kesennuma, na província de Miyagi
Foto: AP
Grande embarcação foi parar em meio às casas destruídas pelo terremoto seguido de tsunami
Foto: AP
Navio de grande porte foi arrastado até a costa e ficou preso depois que a água baixou
Foto: AP
homens observam um grande navio que foi levado pelo tsunami até a cidade de Hachinohe, em Aomori
Foto: Reuters
Homens das forças de segurança japonesas buscam por vítimas perto de navio arrastado pela água, em Higashimatsushima
Foto: Reuters
Policiais trabalham em meio a destroços acumulados em uma rua para onde um barco foi arrastado, em Hachinohe
Foto: Reuters
Homens passam por barco de pesca que foi levado pelo tsunami, na cidade de Natori, província de Miyagi
Foto: AFP
Em Kesennuma, a paisagem foi mudada pelo tsunami: construções desabaram e um navio foi arrastado até a cidade
Foto: AFP
Carros passam por barco de pesca que foi parar em uma avenida, em Hachinohe, na província de Aomori
Foto: AFP
Navios foram arrastados pelo tsunami e ficaram próximos um do outro no porto de Kesennuma
Foto: AP
As ondas gigantes provocadas pelo terremoto tiraram navios do mar e os jogaram em terra firme
Foto: AP
Em imagem aérea, navio fica encalhado no porto de Sendai, a cidade mais atingida pelo tsunami
Foto: AP
Navio foi arrastado pela água até uma pequena cidade na província de Miyagi, no norte do país