EUA seguem comprometidos com energia nuclear, diz Casa Branca
A Casa Branca disse na segunda-feira que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, segue comprometido em usar a energia nuclear como parte do pacote energético do país, apesar das preocupações com segurança após o terremoto no Japão. "Continua como parte do plano energético do presidente", disse o porta-voz da Casa Branca Jay Carney sobre a energia nuclear.
A alternativa nuclear é parte integral da iniciativa de Obama de incentivar a energia limpa no país para reduzir a dependência norte-americana do petróleo e do carvão. O plano do governo determina que as companhias produzam 80% de sua eletricidade através de fontes limpas, incluindo gás natural, "carvão limpo", fontes renováveis como solar e eólica, e nuclear, até 2035.
Obama incluiu a energia nuclear no plano como forma de ganhar o apoio dos republicanos. Uma única usina nuclear gera centenas de empregos em sua construção, manutenção e segurança. Os Estados Unidos possuem mais de 100 reatores nucleares que geram cerca de 20% da eletricidade do país, todos praticamente sem emitir gases causadores do efeito estufa.
Analistas afirmam que a menos que a situação mude drasticamente para pior nas usinas japonesas, os Estados Unidos devem progredir com cautela na questão nuclear. A Comissão Reguladora Nuclear dos EUA espera decidir até o fim do ano se aprovará ou não a liberação de licenças de construção para quatro novos reatores.
Terremoto e tsunami devastam Japão
Na sexta-feira, 11, o Japão foi devastado por um terremoto que, segundo o USGS, atingiu os 8,9 graus da escala Richter, gerando um tsunami que arrasou a costa nordeste nipônica. Fora os danos imediatos, o perigo atômico permanece o maior desafio. Diversos reatores foram afetados, e a situação é crítica em Fukushima, onde existe o temor de um desastre nuclear.
Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram mais de 1.800 mortos, e os prejuízos já passam dos US$ 170 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes e, aos poucos, iniciar a reconstrução das áreas devastadas.