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Ásia

França: acidente em usina é mais grave do que admite o Japão

14 mar 2011 - 16h34
(atualizado às 16h54)
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O presidente da Autoridade da Segurança Nuclear (ASN) da França, André-Claude Lacoste, disse nesta segunda-feira que o acidente da usina nuclear japonesa de Fukushima poderia ser de nível 5 ou 6 sobre uma escala de 7, ou seja, acima do nível 4 que admitiu o Japão.

Visão aérea mostra o reator 3 da usina nuclear Fukushima Daiichi em chamas após a explosão desta segunda
Visão aérea mostra o reator 3 da usina nuclear Fukushima Daiichi em chamas após a explosão desta segunda
Foto: Reuters

"Tenho a sensação que estamos pelo menos no nível 5 e talvez no nível 6", por isso ultrapassou o nível americano de "Three Mile Island (acidente em central nuclear da Pensilvânia em 1979) sem chegar ao de Chernobil", afirmou Lacoste em entrevista coletiva.

O especialista francês em segurança atômica afirmou que "não há dúvida de que se produziu um princípio de fusão do núcleo dos reatores 1 e 3 da central", e também do número 2. A ASN acrescentou que "globalmente, os resíduos radioativos no entorno são grandes", após o terremoto e o tsunami.

Terremoto e tsunami devastam Japão

Na sexta-feira, 11, o Japão foi devastado por um terremoto que, segundo o USGS, atingiu os 8,9 graus da escala Richter, gerando um tsunami que arrasou a costa nordeste nipônica. Fora os danos imediatos, o perigo atômico permanece o maior desafio. Diversos reatores foram afetados, e a situação é crítica em Fukushima, onde existe o temor de um desastre nuclear.

Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram mais de 1.800 mortos, e os prejuízos já passam dos US$ 170 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes e, aos poucos, iniciar a reconstrução das áreas devastadas.

EFE   
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