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Ásia

Equipes de resgate estrangeiras ajudam vítimas no Japão

14 mar 2011 - 15h05
(atualizado às 15h43)
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Centenas de estrangeiros, integrantes de equipes de resgate, têm ajudado as vítimas do terremoto e do tsunami no Japão, mas a Organização das Nações Unidas (ONU) não planeja organizar uma operação maior de assistência se não for solicitada, disseram funcionários da ONU na segunda-feira.

Em vídeo, onda gigante quase atinge câmera no Japão:

Quinze equipes, muitas delas munidas com cães farejadores e equipamento pesado, estão agora atuando nas áreas afetadas no nordeste do país. A maior parte dos estrangeiros vem da Rússia, da Coreia do Sul e dos Estados Unidos.

"A ação das Nações Unidas será muito específica, de acordo com as necessidades. Esse é o país mais preparado para desastres no mundo", disse Elisabeth Byrs, porta-voz do Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha), à Reuters.

"O Japão responde a três emergências - o terremoto, o tsunami e a ameaça nuclear - e está indo muito bem", afirmou ela.

O Japão luta para evitar um derretimento em uma usina nuclear depois da explosão de um reator e a exposição de bastões de combustível em outra, dias depois do terremoto e do tsunami devastadores que mataram ao menos 10.000 pessoas.

Milhões de pessoas da região atingida pelo tsunami, ao norte de Tóquio, estavam sem energia elétrica e água. O primeiro-ministro Naoto Kan disse que o país vive a sua pior crise desde a Segunda Guerra Mundial.

Sete funcionários da ONU especializados em assistência em caso de desastres foram enviados para as três províncias afetadas e controlam, junto com as autoridades japonesas, quais são as necessidades, acrescentou Byrs.

Navios de guerra norte-americanos, incluindo o porta-aviões USS Ronald Reagan, chegaram para ajudar nos esforços de assistência.

Uma equipe de resgate sul-coreana com 102 integrantes partiu para o Japão na segunda-feira a bordo de três aviões de carga C-130 da Força Aérea. Eles iriam para Fukushima, onde está localizada uma usina nuclear atingida pelo terremoto, 240 quilômetros ao norte de Tóquio.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), uma agência da ONU, disse que o risco à saúde pública apresentado pela usina nuclear é, até agora, baixo.

"Até onde entendemos, a quantidade de material radioativo (vazado) é mínima. Com base no que sabemos, acreditamos que o atual risco à saúde pública é mínimo", disse o porta-voz da OMS, Gregory Hartl, à Reuters.

Especialistas em meio ambiente que formam uma unidade conjunta especializada da Ocha e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) monitoram com atenção a crise nuclear, mas ainda não foram até o local.

"Eles estão na espera e prontos para ajudar, caso o Japão solicite assistência", disse Byrs, do Ocha.

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