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Ásia

Japão: entenda a situação das usinas nucleares após o terremoto

14 mar 2011 - 14h12
(atualizado em 15/3/2011 às 13h38)
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Na última sexta-feira, dia 11 de março, o Japão foi atingido por um terremoto de 9 pontos na escala Richter - segundo medição feita pela agência meteorológica japonesa (8,9, segundo os EUA), o maior da história do Japão. O fenômeno provocou um tsunami que deixou um saldo de milhares de mortos. O tremor e a inundação deixaram um rastro de destruição no país, além de colocar em perigo a integridade das diversas usinas nucleares responsáveis por gerar a energia elétrica. Foram registradas duas explosões na usina Fukushima Daiichi, provocadas por problemas de resfriamento e mais de 180 mil pessoas foram evacuadas de áreas próximas às instalações nucleares. Veja a situação de cada uma delas:

Visão aérea mostra o reator 3 da usina nuclear Fukushima Daiichi em chamas após a explosão desta segunda
Visão aérea mostra o reator 3 da usina nuclear Fukushima Daiichi em chamas após a explosão desta segunda
Foto: Reuters

Fukushima Daiichi
Foram registradas três explosões e um incêndio na usina de Fukushima Daiichi. No sábado (12), houve uma explosão no reator 1. Outra explosão ocorreu na unidade 3, na segunda-feira (14), que deixou ao menos seis feridos. Na terça-feira (15, horário local), o reator 2 explodiu. No mesmo dia, houve um incêndio na unidade 4.

No sábado foi dispersado vapor para amenizar a pressão dentro do reator 1, além da contaminação por Césio 137 e Iodo 131 nos arredores da usina. O incidente foi classificado como de nível 4, em uma escala de 7.

Moradores em um raio de 10 km foram evacuados. Após a explosão, a evacuação de se estendeu a 20 km. No domingo (13), foi liberado vapor para controlar a pressão na unidade 3, mas problemas no resfriamento ocasionaram o acúmulo de hidrogênio, o que teria ocasionado a explosão.

Na unidade 3, o fornecimento de energia para controlar o aquecimento é feito por meio de geradores. O sistema de injeção de alta pressão e outras tentativas de resfriamento falharam. A partir de então, foi iniciada a injeção de água do mar e do elemento químico boro. Os níveis de água estavam estáveis, mas não aumentaram no reator, e a razão ainda era desconhecida. Para diminuir a pressão, no domingo (13) foi iniciado o procedimento de liberação de pressão para amenizar a concentração de hidrogênio. O prédio está intacto na parte exterior.

Na segunda-feira (14), as autoridades japonesas informaram que a unidade 1 está sendo alimentada por geradores e que o resfriamento do reator está sendo feito com água do mar e boro. Por causa da explosão de sábado, a parte de fora do prédio foi destruída.

Na terça-feira (15), autoridades afirmaram que o incêndio provocado pela explosão no reator 2 liberava material radioativo diretamente na atmosfera. Em seguida, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmou que as chamas na unidade 4 estavam extintas.

A usina Fukushima Daiichi, localizada na cidade de Naraha, foi a primeira a apresentar problemas após o terremoto ocorrido na sexta-feira (11). O sistema de resfriamento alimentado por geradores a diesel haviam sido danificados pela inundação do tsunami, e até agora são utilizados geradores auxiliares. Três reatores funcionavam no momento do acidente.

Fukushima Daini
Os moradores em um raio de três quilômetros foram evacuados e as pessoas que vivem em um raio de 10 km foram orientadas a permanecerem dentro de suas casas. Após a explosão na Fukushima Daiichi, a evacuação aumentou para um raio de 10 km. No domingo (13), foi erroneamente divulgada a emissão de vapor na Daini. O único incidente foi relacionado à morte de um operário foi um acidente com um guindaste, que deixou outros quatro feridos.

Segundo o relatório mais recente, divulgado nesta segunda-feira (14), todas as unidades estavam sobre controle e os trabalhadores usam resíduos removedores de calor capara controlar a temperatura.

Onagawa
Ainda na sexta-feira (11), as autoridades japonesas relataram um incêndio na usina de Onagawa, mas não foi reportada a emissão de radiação. No domingo (13) foi relatado o mais baixo estado de emergência na usina, mas as autoridades informaram que a situação dos três reatores estava sob controle. O alerta foi emitido porque os níveis de radiação haviam excedidos os níveis aceitáveis, mas as autoridades investigavam a origem. Mais tarde, o alerta foi revogado já que os níveis de radiação haviam sido reduzidos.

Tokai
A usina, localizada na província de Ibaraki, foi desligada na sexta-feira (11), mas não foi reportada a emissão de radiação. No domingo (13) foram reportados problemas no sistema de refrigeração.

Fonte: Terra
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