Reator resiste após explosões no Japão; 11 ficam feridos
Duas explosões foram registradas nesta segunda-feira (hora local) no reator três da usina nuclear Nº 1 em Fukushima, informou a companhia Tokyo Electric Power Co. (Tepco). No entanto, o reator está intacto e o porta-voz do governo japonês, Yukio Edano, acrescentou que são poucas as possibilidades de haver um vazamento radioativo.
As sete pessoas que estavam desaparecidas após as explosões foram localizadas, revelou a agência Jiji Press, acrescentando que as detonações deixaram 11 feridos. A Agência de Segurança Nuclear afirmou que a explosão pode ter sido causada por hidrogênio.
Uma explosão similar atingiu o reator número 1 da mesma usina no sábado, um dia depois do terremoto de 9 graus na escala Richter, seguido de tsunami, que devastou a região nordeste do país.
Mais cedo, a NHK havia mostrado imagens de uma fumaça branca saindo das instalações da usina. Moradores de 600 casas a cerca de 20 km da fábrica foram aconselhados a não deixar as residências.
A usina nuclear de Fukushima foi danificada pelo tsunami gerado após o terremoto. Neste domingo, as autoridades informaram que os níveis de radiação na fábrica voltaram a ultrapassar o limite permitido - foram detectados 751 microsievert, acima dos 500 recomendados.
Alguns dos reatores da usina Fukushima 1 perderam sua função de resfriamento, em meio a temores de um derretimento, enquanto os níveis de radiação se elevaram durante o fim de semana. O governo bombeia água do mar para resfriar o núcleo.
Desde o terremoto de sexta-feira, as autoridades tentam evitar o superaquecimento de vários reatores, em meio ao temor de que haja uma fusão do núcleo. O porta-voz governamental japonês, Yukio Edano, reconheceu neste domingo a possibilidade de outra explosão no recipiente secundário de contenção do reator três pela acumulação de hidrogênio.
Com informações de agências internacionais