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Ásia

Japão: 383 brasileiros vivem perto de usina nuclear que explodiu

13 mar 2011 - 13h22
(atualizado às 13h23)
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O Itamaraty informou neste domingo que residem na cidade japonesa de Fukushima, onde está localizada a usina nuclear que explodiu no sábado, 383 brasileiros, de acordo com dados do Ministério do Interior do Japão. Já em Sendai, uma das cidades mais afetadas pelo terremoto, vivem entre 15 a 20 brasileiros.

Vista aérea mostra como o terremoto danificou a usina nuclear de Fukushima
Vista aérea mostra como o terremoto danificou a usina nuclear de Fukushima
Foto: AFP

O jornalista Marcelo Sato, que mora em Tóquio desde 1991 com a mulher e duas filhas, disse que o governo japonês orientou aos moradores de Fukushima para saírem às ruas somente com o uso de máscaras. Além disso, foi recomendado à população da cidade que utilize capas de vinil descartáveis, semelhantes a capas de chuvas com capuz. As orientações foram dadas para minimizar os riscos de contaminação pela radiação que está vazando da usina nuclear.

As autoridades japonesas pedem para que as capas de vinil e as máscaras não sejam reutilizadas e que, ao chegar em casa, as pessoas joguem esses materiais no lixo. Os moradores de Fukusima também são instruídos a não usar sistemas de ventilação com aparelhos de ar-condicionado, que traz ar do exterior para o interior das casas, segundo Sato.

Apagão

O governo japonês prepara uma espécie de "política de apagão" de energia elétrica para a região norte do arquipélago, área mais afetada pelo terremoto e pelo tsunami que se seguiu, na sexta-feira. A informação foi passada pelo secretário da Embaixada do Brasil em Tóquio, Eduardo Souza, responsável pelos contatos com a imprensa.

Segundo ele, o anúncio foi feito neste domingo à população pelo primeiro-ministro japonês, Naoto Kan. A ideia do governo é implantar uma escala de cortes de energia de três horas por dia nas cidades da região. Segundo o secretário do Itamaraty, o premiê ressaltou em seu pronunciamento à nação que as pessoas serão comunicadas antecipadamente sobre os blecautes.

Crise

O governo do país também decidiu criar três comissões para lidar com a crise após o terremoto. Segundo Eduardo Souza, uma delas vai tratar exclusivamente no estudo dos problemas energéticos como a tentativa de controle das usinas nucleares da região afetada que ainda apresentam riscos de explosão.

Outra comissão tratará do ordenamento dos trabalhos de socorro às vítimas a serem desenvolvidos por organizações não governamentais (ONGs) que já se ofereceram para ajudar o governo japonês. A terceira comissão vai estudar a situação da economia japonesa e as medidas que serão tomadas para minimizar ao máximo as consequências do terremoto para a indústria do país.

Agência Brasil Agência Brasil
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