Especialistas americanos temem um novo Chernobyl no Japão
13 mar2011 - 11h27
(atualizado às 12h09)
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Utilizar água do mar para esfriar um reator nuclear como estão fazendo os japoneses em sua usina de Fukushima, atingida pelo terremoto de sexta-feira passada, é "ato de desespero" que evoca a catástrofe de Chernobyl, estimaram especialistas americanos em energia atômica.
Vários técnicos, falando à imprensa em audioconferência, preveem, também, que o acidente nuclear possa afetar a reativação deste setor energético em vários países. "A situação tornou-se tão crítica que não tem mais, ao que parece, a capacidade de fazer ingressar água doce para resfriar o reator e estabilizá-lo, e agora, como recurso último e extremo, recorrem à agua do mar", disse Robert Alvarez, especialista em desarmamento nuclear do Instituto de Estudos Políticos de Washington.
O que acontece atualmente na central é uma perda total de alimentação dos sistemas de resfriamento, exterior e interior (asegurada neste caso por geradores a diesel). Esta falha total "é considerada extremamente improvável, mas é um tema de grande preocupação há décadas", explicou Ken Bergeron, físico que trabalha com simulações de acidentes em reatores. "Estamos num terreno desconhecido", precisou.
Os reatores de Fukushima foram paralisados, mas seu centro pode fundir-se se não for resfriado e começaria a fluir para o fundo do cilindro, o recinto de confinamento. "A estrutura de confinamento nesta central é certamente mais sólida que a de Chernobyl, mas muito menos que a de Three Mile Island, e só o futuro dirá" o que pode acontecer, disse Bergeron.
"No momento, estamos diante de situação semelhante à de Chernobyl, onde foi tentado derramar areia e cimento" para cobrir o reator em fusão, explicou Peter Bradford, ex-diretor da Comissão de Vigilância Nuclear americana. "Se isto continuar, se não for controlado, vamos passar para uma fusão parcial do centro (do reator) a uma fusão completa. Será um desastre total", disse por sua vez Joseph Cirincione, chefe da Ploughshares Fund, em entrevista ao canal CNN.
Cirincione reprovou às autoridades japonesas o fato de oferecerem informações parciais e contraditórias sobre a situação na central de Fukushima. A presença de césio na atmosfera depois de a central ter lançado o vapor excedente indica que uma fusão parcial está em curso, segundo o especialista.
Para Bradford, esta situação representa "um grave revés para o pretendido relançamento" do setor nuclear em vários países. "A imagem de uma central nuclear explodindo diante de seus olhos na televisão é um prelúdio", destacou. Mas, para o porta-voz da Associação nuclear mundial, Ian Hore-Lacy, os riscos de fusão ou de explosão do reator "diminuem à medida que o tempo passa e que o combustível nuclear esfria".
11 de março - O americano Mark Fontes segura sua prancha enquanto espera pelas grandes ondas na península de Balboa, na Califórnia
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11 de março - Na fronteira entre os Estados Unidos e o México, homem observa as ondas no mar, em Tijuana
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11 de março - Dois homens observam as ondas durante o alerta de tsunami, em São Francisco, na Califórnia
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11 de março - Pescadores de Mazatlán, no México, removem seus barcos do mar devido ao alerta na costa do Pacífico
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11 de março - Na Indonésia, moradores aguardam fora de suas casas, em Manado, onde houve alerta de tsunami
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11 de março - Filipinos se refugiam em um ginásio de Albay durante o alerta de tsunami nas Filipinas
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11 de março - O diretor do Instituto de Vulcanologia e Sismologia das Filipinas, Renato Solidum, aponta para mapa indicando o local do terremoto
Foto: AP
11 de março - A praia de Waikiki, no Havaí, é evacuada após o alerta de ondas gigantes
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11 de março - Mulher observa as ondas na praia de Waikiki, em Honolulu, no Havaí, que entrou em alerta para o risco de tsunami
Foto: AFP
11 de março - Marinheiros dão instruções a turistas após o governo emitir um alerta preventivo no Chile
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11 de março - Oficiais da Marinha chilena discutem medidas de prevenção para a chegada das ondas, na baía de Valparaiso
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11 de março - No Chile, pescadores recolhem seus barcos diante do alerta de ondas gigantes, em Talcahuano
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11 de março - O presidente do Equador, Rafael Correa, anuncia a evacuação das ilhas Galápagos e da costa equatoriana devido ao alerta de tsunami
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11 de março - Barco é virado pela água em Crescent City, na Califórnia, depois que a água baixou
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11 de março - P=Nos EUA, painel alerta para o risco de tsunami na autoestrada 17, que vai para Santa Cruz, na Califórnia
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11 de março - O chefe do Instituto de Defesa Civil do Peru, Luis Palomino, concede entrevista à imprensa e diz que o país tem apenas alerta preventivo
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11 de março - Turistas observam o pôr-do-sol no Pacífico, na praia de Waikiki, no Havaí
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