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Ásia

Japão eleva para 1.217 nº de mortos e prevê uma semana de réplicas

13 mar 2011 - 09h54
(atualizado às 11h54)
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As autoridades japonesas elevaram neste domingo para 1.217 o número de mortos e 1.086 o de desaparecidos pelo terremoto de sexta-feira, enquanto especialistas advertiram que as réplicas podem se prolongar durante toda a semana. Espera-se que o número de vítimas continue aumentando, pois só na província de Miyagi, a Polícia acredita que haverá, pelo menos, dez mil mortes, a maioria em Minamisanriku, uma localidade litorânea totalmente arrasada pelo tsunami que seguiu o terremoto.

Carros são vistos boiando na água dois dias após a onda de 10 m de altura atingir a cidade de Sendai
Carros são vistos boiando na água dois dias após a onda de 10 m de altura atingir a cidade de Sendai
Foto: AFP

Também há outras 1.167 pessoas desaparecidas na província de Fukushima, segundo a apuração das autoridades locais. Por outra parte, os especialistas alertaram que o nordeste do país sofrerá réplicas durante uma semana e que há 70% de possibilidades de que alguma delas supere, antes de quarta-feira, os 7 graus de magnitude na escala Richter.

O diretor da Agência Meteorológica do Japão, Takashi Yokota, indicou à TV NHK que, dentro de três dias, esse risco se reduzirá em 50% em uma área de 500 km de comprimento e 200 de largura no litoral das províncias de Ibaraki e Miyagi.

Mais de 100 mil militares foram desdobrados para socorrer as vítimas, ajudados por resgatistas e pessoal especializado de quase 70 países, além do porta-aviões americano Ronald Reagan.

Ameaça nuclear

Além do resgate, a atenção se centra na situação de duas usinas nucleares de Fukushima - Fukushima Daini e Fukushima Daiichi, que no sábado registrou uma explosão -, onde há vários reatores com problemas de superaquecimento depois que os cortes de energia gerados pelo terremoto danificaram o sistema de refrigeração.

Cerca de 210 mil pessoas foram evacuadas em um raio de 20 quilômetros ao redor da central número 1 de Fukushima, enquanto em todo o país o número de evacuados chega a 390 mil.

Ainda neste domingo, as autoridades japonesas decretaram estado de emergência numa terceira usina nuclear, a de Onagawa (nordeste) também afetada pelo forte terremoto de sexta-feira, conforme anuncio da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

Mais cedo, o primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, pediu união a seus cidadãos para enfrentar as consequências do grave terremoto de sexta-feira, que qualificou como a pior crise enfrentada pelo país desde o final da Segunda Guerra Mundial.

EFE   
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