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Ásia

Mar recua 30 m nas Ilhas Galápagos com chegada do tsunami

11 mar 2011 - 21h34
(atualizado às 22h29)
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O tsunami provocado pelo terremoto do Japão chegou às Ilhas Galápagos, onde o mar recuou 30 m e, posteriormente, inundou zonas urbanas na cidade de San Cristóbal, afirmou o presidente do Equador, Rafael Correa. "A água recuou, inundou a cidade e continua entrando", disse o líder, em entrevista coletiva na qual informou em tempo real sobre o maremoto no arquipélago, situado a cerca de mil km do litoral equatoriano.

O presidente do Equador, Rafael Correa, anuncia a evacuação das ilhas Galápagos e da costa equatoriana
O presidente do Equador, Rafael Correa, anuncia a evacuação das ilhas Galápagos e da costa equatoriana
Foto: Reuters

"Está tudo preparado em Galápagos. Não há risco às vidas humanas", declarou Correa. A onda atingiu as ilhas por volta das 18h local (21h de Brasília). Correa informou que foram evacuadas mais de 240 mil pessoas que residiam nas zonas litorâneas do país e de Galápagos.

Ao contrário de San Cristóbal, o impacto foi "bastante benigno" na cidade de Santa Cruz, também no arquipélago, indicaram as autoridades. O líder disse que o efeito em Galápagos é um "termômetro" para o que pode ocorrer no continente, onde, segundo ele, algumas localidades em regiões de baixa altitude devem ser afetadas e podem sofrer prejuízos econômicos, mas não humanos.

No Equador, está vigente o estado de exceção, decretado por Correa nesta sexta-feira. Milhares de policiais e membros das Forças Armadas foram desdobrados na área de perigo para realizar as evacuações. Correa tinha dito que o mais provável era que o Equador só recebesse uma "forte ressaca", em vez do tsunami temido inicialmente.

O líder explicou que será necessário esperar cerca de duas horas para constatar o efeito total do maremoto em Galápagos. Nas zonas litorâneas, as escolas suspenderam as aulas, os hospitais localizados até cinco quilômetros da linha da praia enviam os pacientes para o interior e as autoridades recomendam aos moradores que abandonem suas casas para regiões altas e deixem para trás seus bens, que serão custodiados pelo Estado.

As autoridades fecharam os aeroportos de Galápagos e de algumas províncias litorâneas e pediram a retirada das embarcações dos portos a uma distância de 5 milhas náuticas, onde o tsunami não será sentido. Em seu discurso, Correa criticou a falta de postos de controle entre Havaí e Galápagos, e propôs que Colômbia, Equador, Peru e Chile estabeleçam um programa conjunto de medição marítima no marco da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) para se prepararem melhor contra futuros maremotos.

EFE   
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