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Ásia

Tóquio: milhares se refugiam em estações e escritórios

11 mar 2011 - 10h42
(atualizado às 11h20)
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O forte terremoto que atingiu o leste do Japão bloqueou nesta noite em Tóquio centenas de milhares de pessoas que se abrigavam em refúgios e estações ou optaram em permanecer nos escritórios perante a impossibilidade de chegar em suas casas.

A metrópole mais povoada do mundo, com mais de 30 milhões de habitantes em sua área metropolitana, viu colapsado seu transporte pela suspensão provisória do metrô e dos trens, além disso, do bloqueio do serviço dos telefones celulares.

O porta-voz do Governo japonês, Yukio Edano, pediu aos cidadãos de Tóquio que se resguardassem em lugares seguros como escritórios, enquanto pediram para as pessoas não se arriscassem para voltar para suas casas.

O porta-voz advertiu que, se todo o mundo optasse por retornar a suas casas, as calçadas poderiam ter a mesma imagem que os vagões repletos em hora do ''rush''.

Grandes superfícies como pavilhões esportivos foram improvisados como refúgios para os moradores da cidade, onde forneceram cobertores e bebidas.

As lojas de alimentação, além disso, abriram seus estoques de comida para permitir o abastecimento dos cidadãos da capital, perante a suspensão provisória dos serviços ferroviários que diariamente são usados por milhões de pessoas para chegar a seus locais de trabalho.

Os dois aeroportos da capital, Narita e Haneda, foram fechados temporariamente após o tremor e cerca de 23 mil passageiros ficaram impossibilitados de viajar.

Às 19h do horário local (7h do horário de Brasília) liberaram a decolagem dos voos em Narita, embora as aterrissagens ainda continuassem paradas.

O sismo, que teve seu epicentro no Oceano Pacífico a 130 quilômetros do litoral, foi sentido com força em toda capital e multiplicou os engarrafamentos na cidade da maior densidade do planeta, pois a estrada se transformou na única via de deslocamento além de caminhar a pé.

Todos os serviços ferroviários da capital japonesa foram suspensos em um primeiro momento, tanto os do metrô como os dos arredores, embora algumas horas mais tarde do sismo, as atividades foram retomadas aos poucos.

As tardes de sextas-feiras, além disso, registram as maiores movimentações de pessoas nas estações da cidade, dado que o movimento habitual do resto de dias de trabalho se soma as frequentes saídas da capital para o fim de semana.

A companhia ferroviária que conecta Tóquio com o norte do país, incluindo o trem bala, cancelou todos seus serviços sem previsão de retomá-los "em breve", segundo anunciavam.

Os habitantes da capital japonesa também enfrentaram grande dificuldade para realizarem chamadas pelo telefone celular, por isso que o povo se abarrotava ao redor das cabines de telefone público.

As paradas de ônibus também apresentavam longas filas, pois para muitos era a única maneira de voltar para suas casas, que na grande maioria dos casos se encontra a vários quilômetros do local de trabalho.

O pior terremoto na história do Japão, que deixou pelo menos 59 mortos e numerosos feridos e desaparecidos no nordeste do país, limitou seus efeitos na capital graças a suas infraestruturas projetadas para os tremores.

O metrô de Tóquio começou a retomar parte de suas operações a partir das 21h do horário local (10h do horário de Brasília).

EFE   
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