PUBLICIDADE

Ásia

Terremoto na China deixa 75 mortos, 14 desaparecidos e 600 feridos

21 jul 2013 - 23h43
(atualizado em 22/7/2013 às 11h07)
Compartilhar
Exibir comentários

Um terremoto de 6,6 graus na escala Richter nesta segunda-feira deixou pelo menos 75 mortos, 14 desaparecidos e mais de 600 feridos na província de Gansu na China, informaram as autoridades locais.

Segundo dados do Centro de Controle Sismológico da China, o terremoto aconteceu às 7h45 locais (20h45 de Brasília de ontem) entre as comarcas de Minxian e Zhangxian, uma região que foi recentemente afetada por fortes chuvas.

A maioria dos municípios afetados da província e algumas das localidades próximas estão parcialmente sem comunicação por cortes na rede elétrica, afirmaram as autoridades locais.

O epicentro do terremoto foi localizado na cidade de Dingxi, com quase 2,7 milhões de habitantes, a cerca de 170 quilômetros da capital da província, Lanzhou, e a 20 quilômetros de profundidade.

No entanto, a maioria das mortes aconteceram nos distritos rurais situados ao sul da cidade, onde as edificações são menos resistentes.

O tremor provocou o desabamento de cerca de 1.200 casas e danos em mais de 21 mil, e em alguns povoados próximos do epicentro, como Meichuan e Puma, até 80% das casas ficaram destruídas, informou um oficial do departamento sismológico provincial à imprensa local.

Vários funcionários do Departamento de Assuntos Civis estão visitando as cidades afetadas para avaliar os danos, segundo um comunicado do Partido Comunista da China (PCCh) da cidade de Dingxi.

O terremoto também teve reflexos em Lanzhou e na cidade de Xi'an, capital da província vizinha de Shaanxi. O tremor foi seguido por 410 réplicas, a mais forte de 5,6 graus de magnitude, que aconteceu 90 minutos depois do primeiro tremor, às 9h12 locais (22h12 de Brasília de domingo).

As autoridades chinesas enviaram para a região mais de 2 mil soldados do Exército de Libertação Popular (ELP), equipamentos médicos e cerca de 300 policiais, além de 500 tendas de campanha e 2 mil cobertores para atender aos milhares de desabrigados, que se somam aos que foram enviadas pela Cruz Vermelha da China.

Segundo o Departamento de Assuntos Civis de Gansu, as equipes tentam alocar os residentes em lugares seguros. Por enquanto, são 27 mil pessoas desabrigadas.

Segundo a televisão estatal CFTV, o presidente da China, Xi Jinping, pediu hoje às equipes de socorro que tentem resgatar os sobreviventes "a qualquer custo".

As comarcas afetadas ainda estavam se recuperando das semanas de fortes chuvas e inundações que, segundo o observatório local de meteorologia, continuarão nos próximos dias, o que dificultará os trabalhos de resgate.

As autoridades recomendaram à população que evitem se aproximar das montanhas devido a possíveis deslizamentos de terras e futuras réplicas do terremoto.

Alguns dos serviços ferroviários que ligam as províncias de Gansu e Shaanxi foram interrompidos. Algumas conexões telefônicas não puderam ser feitas devido aos cortes na rede elétrica que afetaram às comarcas próximas do epicentro.

O terremoto ocorreu em uma região que já registrou 25 tremores superiores a 5 graus em sua história, segundo dados do Centro de Controle Sismológico da China.

O oeste da China é uma área com frequente atividade sísmica. Em abril de 2010, um terremoto de 6,9 graus na província ocidental de Qinghai causou quase 2.700 mortes.

O pior terremoto na China nos últimos anos aconteceu na província sudoeste de Sichuan em 2008, quando um tremor de 7,9 graus de magnitude provocou a morte e o desaparecimento de mais de 90 mil pessoas.

EFE   
Compartilhar
Publicidade
Publicidade