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Ásia

Operadora detecta poças de água radioativa em Fukushima

19 ago 2013 - 23h43
(atualizado às 23h58)
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A Tokyo Electric Power (Tepco), operadora da usina nuclear de Fukushima, no Japão, detectou a presença de poças de água radioativa junto aos tanques de armazenamento deste material, as quais poderiam ser fruto de novos vazamentos, informou nesta terça-feira a agência Kyodo.

Devido ao alto nível de radiação detectado sobre as poças, de 100 milisievert por hora, a Tepco admitiu que o líquido encontrado poderia ser de água filtrada dos tanques, usado justamente para armazenar o material usado previamente para esfriar os reatores.

A operadora estima que o volume destas poças seja de 120 litros e, inclusive, negou que esta água tenha vazado ao oceano, em frente à central.

No entanto, a Autoridade de Regulação Nuclear japonesa (NRA) ordenou uma exaustiva avaliação no local, já que, apesar de haver uma barreira em torno do espaço ocupado pelos tanques para evitar possíveis vazamentos, é provável que a água possa ter saído por uma das válvulas de drenagem que não foi fechada.

Como uma das poças foi encontrada fora do perímetro que rodeia os tanques, a NRA teme que a água possa ter vazado ao mar através de alguma tubulação.

Atualmente, o maior desafio na central de Fukushima, consideravelmente afetada pelo terremoto de março de 2011, é a acumulação de água contaminada nos porões dos edifícios dos reatores, que aumenta aproximadamente 400 toneladas diárias.

Este acumulo provém do liquido utilizado para refrigerar as unidades e da água subterrânea proveniente das zonas contíguas, que também é filtrada.

No último dia 7 de agosto, o governo japonês advertiu que ao menos 300 toneladas de água radioativa vazavam diariamente ao mar, enquanto a TEPCO tomou medidas como a construção de um muro isolante sob a terra e a extração do líquido mediante ao bombeamento.

Além disso, junto ao governo, que decidiu se envolver para solucionar o problema, a operadora adotou outras soluções, como a de congelar o solo ao redor dos reatores para bloquear a passagem da água.

EFE   
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