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Ásia

Talibãs paquistaneses confirmam morte do número dois em ataque dos EUA

30 mai 2013 - 13h31
(atualizado às 14h24)
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O movimento talibã do Paquistão confirmou nesta quinta-feira que o número dois, Waliur Rehman, está entre as sete pessoas que morreram no bombardeio de um avião não-tripulado americano no oeste do país asiático.

O porta-voz do Tehrik-i-Taliban Pakistan (TTP), Ehsanulá Ehsán, afirmou ao canal de televisão local "Dawn" que a morte de Rehman na quarta-feira coloca fim a qualquer tentativa de diálogo com o Governo paquistanês e que sua perda seria respondida com "toda a força".

"Por um lado, o Governo do Paquistão advoga pelas conversas de paz e pelo outro lado conspira com os Estados Unidos e assassina líderes talibãs", afirmou o porta-voz do TTP.

Fontes da inteligencia paquistanesa tinham afirmado ontem para o "Dawn" que o número dois do movimento talibã do Paquistão estava entre os mortos no ataque, registrado na área de Chasma, na região do Waziristão do Norte.

As fontes tinham dito que os outros mortos também pertenciam ao TTP, ao confirmar após interceptar várias ligações telefônicas realizadas no seio do movimento insurgente depois do bombardeio.

Este ataque com aviões não-tripulados ("drones") é o primeiro desde meados de abril e também o primeiro que ocorre após as eleições realizadas no país asiático em 11 de maio.

Durante 2013, foram registrados quase 15 bombardeios deste tipo nos quais morreram mais de 50 pessoas, quase todos identificados pelas autoridades como insurgentes.

Os ataques ocorreram nas zonas tribais do Waziristão do Norte e do Sul - especialmente na primeira -, principais redutos do movimento talibã paquistanês e de outros grupos fundamentalistas que atuam em ambos os lados da fronteira entre Afeganistão e Paquistão.

Os ataques com aviões não-tripulados norte-americanos contaram com o consentimento das autoridades do Paquistão, embora os critiquem em público pela forte rejeição que despertam em amplos setores do país devido à morte de civis.

O presidente americano, Barack Obama, anunciou há uma semana que dará maior transparência ao programa encoberto de "drones", embora não ofereceu detalhes sobre as mudanças concretas que sofrerá o programa, até agora liderado pela CIA.

EFE   
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