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Ásia

Sul-coreanos voltam a Kaesong, mas seguem à espera de solução

13 jul 2013 - 03h46
(atualizado às 04h05)
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Mais de 100 trabalhadores sul-coreanos do paralisado complexo industrial de Kaesong, situado na Coreia do Norte, visitaram suas instalações neste sábado para recolher materiais, mas, diante do impasse, seguem à espera que as duas Coreias retomem as negociações para sua reabertura na segunda-feira.

Segundo o Ministério de Unificação da Coreia do Sul, 112 veículos cruzaram a militarizada fronteira entre as duas Coreias nesta manhã para recolher seus produtos e matérias-primas, que permaneciam dentro do complexo desde que o governo norte-coreano encerrasse unilateralmente seu acesso há mais de três meses.

Esse é o segundo dia consecutivo em que empresários e trabalhadores sul-coreanos visitam o complexo industrial, o único projeto conjunto de cooperação vigente entre as duas Coreias e que, até o último 9 de abril, tinha operado com normalidade durante 8 anos.

Ontem, segundo a agência "Yonhap", uma centena de caminhões em representação de 44 empresas cruzou a fronteira em direção a Kaesong, onde 54 mil trabalhadores norte-coreanos fabricavam produtos para 123 empresas da Coreia do Sul até a paralisação.

Os empresários aproveitaram os dois únicos dias em que essa passagem será permitida, já que a partir de amanhã o complexo voltará a ser novamente fechado perante a realização, na próxima segunda-feira, da terceira rodada de conversas entre as duas Coreias para abordar a reabertura do complexo.

Neste aspecto, na última quarta-feira, ambos os países, em guerra técnica desde que o conflito ocorrido entre 1950 e 1953 fosse concluído com um armistício, fracassaram em superar suas diferenças durante uma reunião bilateral, então adiada para segunda.

Segundo os especialistas, o grande obstáculo nas negociações para a reabertura de Kaesong é a exigência do governo sul-coreano de ativar mecanismos de salvaguarda capazes de evitar que os norte-coreanos voltem a fechar o complexo e que garantam seu funcionamento à margem da situação política e diplomática.

Desde o fechamento de Kaesong, as empresas sul-coreanas registraram perdas superiores aos US$ 900 milhões, segundo dados publicados no final de junho, enquanto que a Coreia do Norte, que observa o complexo como uma importante fonte de divisas, não apresentou dados a respeito.

EFE   
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