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Ásia

Seul propõe reunião com Pyongyang sobre complexo industrial de Kaesong

4 jul 2013 - 02h16
(atualizado às 02h18)
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A Coreia do Sul propôs ao Norte nesta quinta-feira a realização de uma reunião nesta semana para tratar de temas relativos ao fechamento do complexo industrial conjunto de Kaesong, algumas horas depois que o regime norte-coreano religou a única linha de comunicação bilateral.

"Enviamos um fax ao Norte no qual propomos uma reunião de trabalho neste sábado, 6 de julho" em Panmunjom, na fronteira entre os dos dois países, disse à Agência Efe uma porta-voz do Ministério da Unificação sul-coreano que, garantiu, está esperando por uma resposta do país vizinho.

A reunião, detalhou, abordaria temas urgentes como o possível acesso de empresários sul-coreanos ao polígono situado no norte para resgatar e retirar seus produtos e máquinas e assim evitar sua deterioração durante as chuvas das monções, que começam em breve.

A Coreia do Norte, que não respondia as chamadas do Sul desde 11 de junho, realizou ontem um primeiro contato com seu vizinho para autorizar o acesso dos empresários a Kaesong, em resposta aos pedidos feitos nos últimos dias.

Além disso, Pyongyang respondeu, pela primeira vez em 23 dias, nesta manhã ao telefonema rotineiro do Sul, o que aparentemente indica que a única via de contato está aberta novamente e alimenta as esperanças de que ambos os lados tentem iniciar uma nova fase de entendimentos.

Após um período de tensão elevada em março e abril, as Coreias retomaram seus contatos em princípios de junho, mas não chegaram a um acordo na hora de realizar uma reunião de alto nível entre seus governos, por isso as relações bilaterais ficaram novamente estagnadas.

Kaesong é um dos principais temas pendentes a serem solucionados, já que o complexo permanece fechado desde o início de abril, quando a Coreia do Norte decidiu retirar seus 53 mil trabalhadores em plena campanha de hostilidades contra Seul e Washington.

Este projeto industrial, em que empresas do Sul fabricavam produtos com mão de obra barata do Norte, era um símbolo do entendimento das duas Coreias na década passada e trazia benefícios para as companhias e para o governo do Norte.

As duas Coreias permanecem tecnicamente em guerra, pois a Guerra da Coreia (1950-53) terminou com um armistício que nunca foi substituído por um tratado de paz definitivo.

EFE   
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