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Ásia

Seul faz último grande esforço em busca por vítimas de balsa

Centenas de mergulhadores trabalham contra o relógio na busca por corpos dentro da balsa, antes que as condições do mar piorem e dificultem os trabalhos de resgate

24 abr 2014 - 04h11
(atualizado às 04h45)
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Mergulhador se prepara para mais um dia de procura por vítimas do naufrágio
Mergulhador se prepara para mais um dia de procura por vítimas do naufrágio
Foto: Reuters

Oito dias depois do naufrágio da balsa Sewol na costa da Coreia do Sul, o governo afirmou nesta quinta-feira que a força-tarefa de emergência montada por conta do incidente enviou o maior número de pessoas, incluindo membros da Guarda Costeira, Marinha e civis, para trabalhar no resgate e procura por vítimas dentro da embarcação, de acordo com informações da agência Yonhap.

O último balanço divulgado confirmou a morte de 162 pessoas, sendo que outras 140 continuam desaparecidas, a maior parte estudantes que estavam em uma viagem escolar. Acredita-se que as vítimas estejam presas no quarto andar da embarcação. Dos 476 passageiros, apenas 174 foram resgatados, incluindo o capitão e a maior parte da tripulação.

Mergulhadores continuam nesta quinta com a difícil tarefa de recuperar corpos de vítimas, no último dia de maré baixa. O número de mortos encontrados aumentou bastante desde o final de semana, uma vez que a condição meteorológica melhorou. A visibilidade submarina, no entanto, segue dificultando a operação. A partir desta sexta-feira, a previsão é de chuva e maré alta.

A esperança dos familiares em encontrar os passageiros desaparecidos com vida diminui a cada dia, e por isso eles pressionam o governo a encerrar o trabalho de buscas até esta quinta-feira - ninguém foi encontrado vivo desde o naufrágio.

Como a busca por vítimas segue sem interrupções, os mergulhadores estão sofrendo cada vez mais de exaustão, com algum deles precisando de cuidados médicos por conta do longo tempo submersos em água escura e gelada.

O governo afirmou que ovai preparar medidas de segurança para as pessoas que têm trabalhado na operação dentro da embarcação naufragada, que acabou se transformando de busca por sobreviventes a coleta de corpos.

Escola onde as vítimas estudavam retomou suas aulas nesta quinta-feira
Escola onde as vítimas estudavam retomou suas aulas nesta quinta-feira
Foto: AP

Em Ansan, onde se localiza a escola dos estudantes que viajavam na balsa, se multiplicaram os funerais, as pessoas vivem um luto constante e centenas se aproximam de um grande altar provisório em memória das vítimas, que será substituído por um permanente na semana que vem, a cada hora para prestar suas homenagens.

Nesse clima pesado, o instituto onde as vítimas estudavam retomou suas aulas, mas deverá levar um longo tempo para retornar à normalidade.

A Coreia do Sul, que desde o naufrágio vive entre a tristeza e a comoção, recebeu ontem as condolências da Coreia do Norte, país irmão de sangue, mas inimigo político, que chegaram mais tarde do que as de outros governos.

Com informações da agência EFE

Fonte: Terra
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