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Ásia

Seul e Washington iniciam manobras militares entre ameaças da Coreia do Norte

10 mar 2013 - 23h52
(atualizado às 23h56)
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A Coreia do Sul e os Estados Unidos iniciaram nesta segunda-feira (data local) seu exercício militar anual "Key Resolve", apesar das ameaças da Coreia do Norte, que prometeu ontem iniciar uma "guerra sem quartel" e dias atrás anunciou que anularia o armistício da Guerra da Coreia (1950-53).

Este exercício, que coincide com o "Foal Eagle" iniciado no último dia 1º pelos aliados, mobiliza cerca de 10 mil soldados sul-coreanos e 3.500 americanos, que vão fazer uma manobra durante dez dias de diferentes cenários de combate na península através de simulações, informou à Agência Efe um porta-voz da Defesa de Seul.

O "Key Resolve", liderado pelo Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS), também servirá, segundo Seul e Washington, para assentar as bases para que a Coreia do Sul retome o comando operacional do exército em 2015, atualmente nas mãos dos EUA.

As forças de defesa da Coreia do Sul "elevaram seu alerta e vigiam de perto a Coreia do Norte" pelo temor de alguma "provocação", garantiu o porta-voz do Ministério sul-coreano.

Este ano as manobras estiveram envolvidas em um clima de tensão, após a Coreia do Norte ter ameaçado ontem com o início de uma "guerra sem quartel", como resposta ao exercício dos aliados, que considera um ensaio da invasão de seu país.

Em um editorial do jornal oficial do regime "Rodong Sinmun", Pyongyang afirmou que seus soldados "aguardam a ordem final para atacar", suas armas nucleares estão "prontas para o combate" e o país é capaz de transformar os EUA e a Coreia do Sul "em um mar de fogo".

Tais expressões, que representam uma versão mais dura da habitual retórica norte-coreana, seguem o mesmo tom da ameaça formulada na sexta-feira passada pelo Estado comunista, que prometeu romper com o cessar-fogo de seis décadas com Seul precisamente hoje, o dia do início do exercício "Key Resolve".

Tal afirmação da Coreia do Norte aconteceu um dia depois de o Conselho de Segurança da ONU ter aprovado por unanimidade na quinta-feira a resolução 2094, que amplia as sanções ao regime de Kim Jong-un por conta do teste nuclear do dia 12 de fevereiro, o terceiro do país após 2006 e 2009.

Os EUA mantêm 28.500 efetivos na Coreia do Sul para defender seu aliado diante de um hipotético ataque da Coreia do Norte, já que os dois países permanecem tecnicamente em guerra, pois a Guerra da Coreia terminou com um armistício que até hoje não foi substituído por um acordo de paz definitivo.

EFE   
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