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Ásia

Seul afirma que Coreia do Norte pode estar preparando teste termonuclear

3 jan 2016 - 06h26
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A Coreia do Norte poderia estar preparando um teste de suas capacidades de produção da bomba termonuclear, a 'bomba H', afirmaram neste domingo os serviços de inteligência de Seul a partir de indícios observados nas atividades militares de Pyongyang.

Este anúncio acontece um mês depois que o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, mencionou pela primeira vez que o regime possui a bomba de hidrogênio, mas os especialistas duvidaram na época que o país asiático pudesse desenvolver esta arma altamente destrutiva.

O regime norte-coreano já concluiu a construção de instalações necessárias para um eventual teste deste tipo e poderia estar produzindo trítio, um isótopo nuclear utilizado nas bombas de hidrogênio, segundo o relatório publicado pela Unidade de Defesa Química, Biológica e Radiológica da Coreia do Sul.

O documento indica que a Coreia do Norte escavou um novo túnel em seu complexo nuclear de Punggye-ri que "pode ter sido projetado para testes termonucleares", e cuja construção foi detectada pelo serviço de inteligência dos Estados Unidos na semana passada.

"Se levarmos em conta as pesquisas de tecnologia nuclear da Coreia do Norte, seu histórico de testes de mísseis e o longo período de desenvolvimento de seu programa nuclear, podemos deduzir que a Coreia do Norte conta com as bases para desenvolver armas atômicas", diz o relatório.

Pyongyang realizou até agora três testes nucleares, em 2006, 2009 e 2013, todos eles no complexo de Punggye-ri.

No entanto, a Unidade de Defesa Química, Biológica e Radiológica da Coreia do Sul considera pouco provável que o possível teste termonuclear consista na detonação efetiva de uma bomba H.

"O Norte poderia detonar uma bomba de fissão (arma nuclear de primeira geração), mas não acreditamos que seja capaz, ainda, de testar de forma direta bombas de hidrogênio, já que não parece que o regime tenha atingido as fases finais de produção", segundo a nota do governo sul-coreano.

EFE   
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