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Ásia

Segunda central de Fukushima está provavelmente condenada

15 set 2011 - 13h21
(atualizado às 13h31)
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O novo ministro japonês da Indústria, Yukio Edano, reconheceu nesta quinta-feira que será difícil que a segunda central nuclear de Fukushima volte a funcionar, mesmo sem ter sido danificada como a primeira central na catástrofe do dia 11 de março, informou a imprensa nipônica.

O complexo atômico de Fukushima Daini (N°2), situado a cerca de 12 km da central acidentada Fukushima Daiichi (N°1), terá dificuldades para ser reativado, devido à oposição da população local, disse Yukio Edano durante uma coletiva de imprensa.

"Eu não acredito que seja possível conseguir a aprovação da população local", afirmou.

A autorização das municipalidades onde os reatores se localizam é uma das condições fundamentais para que seja religado, mas as pessoas e as administrações, traumatizadas pelo acidente causado pelo terremoto e tsunami, não estão dispostos a dar este aval, acredita o ministro.

Edano ressaltou que é difícil imaginar a possibilidade de religar os dois reatores não afetados de Fukushima Daiichi. A central atingida possui seis unidades, delas quatro foram condenadas pelo estado precário que causou problemas às autoridades e aos habitantes dos arredores. Em torno de 80 mil pessoas precisaram fugir de suas casas contaminadas por elementos radioativos.

As unidades 5 e 6 da central de Fukushima Daiichi e os quatro reatores da central de Fukushima Daini estão em um estado estável chamado de "parada à frio".

A companhia Tokyo Electric Power (Tepco), que gerenciava os dois complexos nucleares que totalizam dez reatores e onze piscinas de desativação na cidade de Fukushima, deverá desmantelar os seis reatores da primeira central, afirmou o ex-governo, do qual Edano era secretário geral e porta-voz.

Edano foi nomeado na segunda-feira ministro da Economia, Comércio e Industria pelo novo chefe de governo, Yoshihiko Noda, que sucedeu no dia 31 de agosto o primeiro-ministro Naoto Kan criticado por sua gestão das consequências do triplo desastre.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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