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Ásia

Rússia e EUA apoiam via política para a Ucrânia, mas discordam sobre a Síria

12 mai 2015 - 17h35
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Rússia e Estados Unidos apoiaram nesta terça-feira um acerto político para a crise na Ucrânia, mas discordaram sobre o conflito na Síria, já que Washington defende a transferência de poder, e Moscou o diálogo entre Damasco e a oposição.

Em relação à Ucrânia, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, disse em entrevista coletiva que "os acordos de paz de Minsk são o melhor e o principal caminho para a paz e devem ser aplicados em sua totalidade e o mais rápido possível".

Kerry fez estas afirmações depois de se reunir no porto de Sochi, no Mar Negro, com o chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, que destacou a concordância de ambos os países sobre o apoio aos acordos assinados em 12 de fevereiro.

Os diplomatas denunciaram que tanto Kiev como os separatistas pró-Rússia seguem violando o cessar-fogo, em vigor desde 15 de fevereiro, e o compromisso de retirar o armamento pesado da zona de segurança.

Lavrov ressaltou que EUA e Rússia entraram em acordo quanto a exercer sua influência sobre as partes em conflito para que se abstenham de recorrer de novo às armas para resolver suas diferenças.

Por sua vez, Kerry vinculou diretamente o cumprimento dos acordos de paz com a suspensão das sanções econômicas ocidentais.

"Só quando forem cumpridos plenamente estes acordos começará a suspensão das sanções dos Estados Unidos e da União Europeia à Rússia", especificou.

Embora a crise ucraniana centrou as consultas, Lavrov e Kerry também analisaram a situação na Síria, em conflito desde 2011.

"A Síria nunca será um Estado pacífico até que seus problemas não sejam solucionados pela via pacífica, através de uma transferência do poder político", opinou Kerry.

Lavrov, cujo país sempre rejeitou a renúncia do líder sírio, Bashar al Assad, defendeu a manutenção do diálogo político entre Damasco e a oposição. Ele lembrou que os problemas da Síria estão estreitamente vinculados às atividades de organizações terroristas como o Estado Islâmico (EI).

A respeito, o secretário de Estado americano ressaltou que Moscou e Washington estão unidos na luta contra o Estado Islâmico para que abandone os territórios da Síria, do Iraque e de outros países.

"Embora a Rússia não seja membro da coalizão internacional que luta contra o EI, é um importante parceiro na luta contra o extremismo", disse.

Kerry também não deixou de expressar preocupação pela decisão da Rússia de vender mísseis antiaéreos S-300 ao Irã, apesar de reconhecer que essa prática não é ilegal.

"É bem conhecido que estamos preocupados pela entrega de S-300. Não se trata de uma violação de uma regra ou uma lei, simplesmente consideramos que agora não é o momento adequado e que pode ter um efeito insatisfatório, negativo", apontou.

EFE   
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