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Ásia

Ritual de iniciação com aeromoças em bagageiro causa revolta

13 out 2015 - 13h11
(atualizado às 13h21)
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Foto: Reprodução

Fotos de uma aeromoça dentro de um compartimento de bagagem em aeronave de uma empresa chinesa tornaram-se virais nas redes sociais e causaram polêmica no país.

As imagens foram postadas no aplicativo de conversas WeChat e, segundo a mensagem, a tripulação de cabine foi "forçada a entrar nos compartimentos pela equipe de segurança após completar de 30 a 50 horas de serviço", como parte de um "ritual da indústria".

A empresa Kunming Airlines disse em comunicado estar investigando o caso. Segundo a companhia, o incidente ocorreu após a equipe ter finalizado seus trabalhos e que a segurança do voo não foi afetada.

O texto disse que a empresa não recebeu nenhuma reclamação da equipe. "A companhia dá alta importância para este incidente e evitará que tais coisas aconteçam novamente", disse o comunicado.

A emissora de TV estatal chinesa CCTV News informou em sua página no Facebook que, ainda que muitas das aeromoças tenham ficado "contrariadas" pelo ritual, decidiram participar com medo de sofrerem represálias de colegas superiores.

"Várias aeromoças apresentaram queixas constantes à companhia, mas seus pedidos foram ignorados e o ritual continuou", disse a emissora.

Foto: Reprodução

'Bullying'

Nas redes sociais, o incidente foi chamado de bullying por usuários. "Aeromoças já sofrem com passageiros difíceis e tabelas de voos irregulares. Imagine ter que lidar com problemas adicionais de colegas", disse um usuário no Weibo.

Outro disse: "Profissionais na indústria da aviação? Eles estão se comportando como crianças na escola". Alguns levantaram dúvidas sobre os riscos à segurança do voo causados pelo incidente.

"Mesmo se não há passageiros quando tais rituais ocorrem, eles ainda oferecem risco à segurança. O que acontece se o peso deles causar impacto no compartimento superior e ele se quebrar durante um voo?", perguntou o usuário YuQing7390, no Weibo.

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