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Ásia

Religioso que acusou jovem deficiente de blasfêmia é absolvido

18 ago 2013 - 09h04
(atualizado às 09h14)
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Um tribunal do Paquistão absolveu o imã que fez uma acusação falsa de blasfêmia contra uma adolescente cristã, antes de ser detido pela mesma acusação, em um caso que provocou forte polêmica em todo o mundo.

"O tribunal desconsiderou todas as acusações contra Khalid Chishti e o absolveu", disse à AFP Wajid Ali Gilani, advogado do religioso. Ele alegou que a acusação não apresentou nenhuma prova e as testemunhas se retiraram do processo.

A jovem de 14 anos Rimsha, analfabeta e deficiente mental, foi acusada por vizinhos de ter queimado as páginas de um manual de instrução do Alcorão que continham versículos do texto sagrado do islã, uma ação que pode resultar em prisão perpétua no Paquistão, país com 97% da população muçulmana.

A jovem passou três semanas detida em uma das prisões mais rígidas do país, antes de ser liberada. A Justiça retirou as acusações em novembro do ano passado, mas Rimsha e a família foram obrigados a de deixar o país e atualmente moram no Canadá.

O imã da mesquita do bairro da família de Rimsha foi detido. Hafiz Mohamed Khalid Chishti foi acusado de introduzir páginas do Alcorão nas cinzas das páginas queimadas com a esperança de "expulsar" os cristãos do bairro.

No fim de 2012, os líderes da comunidade cristã do Paquistão agradeceram aos líderes muçulmanos, à imprensa e à sociedade pelo fim da injustiça contra a adolescente.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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