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Ásia

Pyongyang julgará americano por "crimes" contra a Coreia do Norte

27 abr 2013 - 01h52
(atualizado às 02h41)
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As autoridades da Coreia do Norte anunciaram neste sábado que julgarão um cidadão de dupla nacionalidade americana e sul-coreana que foi detido em novembro do ano passado após admitir ter cometido "crimes" contra o Estado. Em uma breve nota emitida pela agência de notícias oficial KCNA, o regime de Kim Jong-un anunciou que Pae Jun-ho será levado em breve à Suprema Corte para ser julgado após a conclusão da investigação sobre o caso.

"No processo, ele admitiu que cometeu crimes com o objetivo de derrubar a República Popular Democrática da Coreia (nome oficial da Coreia do Norte)", sem que até o momento se tenham oferecido mais detalhes sobre o suposto delito. Segundo a imprensa sul-coreana, o detido, que também é identificado com o nome de Kenneth Bae, entrou na cidade de Rason, no nordeste da Coreia do Norte, junto com outros cinco turistas nos primeiros dias de novembro de 2012.

Após ser detido pelas autoridades norte-coreanas, foi posto sob a custódia após a revelação de provas de que teria cometido um delito, posteriormente admitido por ele, segundo o regime comunista. Os EUA, que não têm relações diplomáticas com a Coreia do Norte, solicitaram então a intervenção da seção consular da Embaixada da Suécia em Pyongyang, que representa seus interesses no país, e confirmaram o início das ações legais contra Bae.

A Coreia do Norte deteve nos últimos anos vários cidadãos americanos, que em todos os casos foram libertados após longas negociações. Em agosto de 2009, após uma gestão do ex-presidente americano Bill Clinton, Pyongyang libertou duas jornalistas americanas detidas por entrada ilegal e condenadas a 12 anos de trabalhos forçados.

Um ano depois, o ex-presidente Jimmy Carter obteve a libertação de Aijalon Mahli Gomes, um americano que fora multado em US$ 600 mil e sentenciado a oito anos de trabalhos forçados por também entrar ilegalmente na Coreia do Norte. Em maio de 2011, Pyongyang libertou Eddie Jun Young-su, americano de origem coreana, que fora detido em novembro do ano anterior sob a acusação de proselitismo.

EFE   
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