PUBLICIDADE

Ásia

Pyongyang ameaça anular armistício assinado após Guerra da Coreia

5 mar 2013 - 11h07
(atualizado às 11h54)
Compartilhar

A Coreia do Norte ameaçou nesta terça-feira anular o acordo de cessar-fogo que encerrou a Guerra da Coreia (1950-53) e deu como motivo a intenção dos Estados Unidos de impor novas sanções da ONU ao regime por seu recente teste nuclear.

Segundo uma nota da agência estatal de notícias "KCNA", o exército norte-coreano ameaçou também cortar os laços com a Coreia do Sul na aldeia de Panmunjom, situada na fronteira entre os dois países e utilizada para manter encontros entre as duas partes.

O "KCNA" atribuiu as declarações ao Comando Supremo do Exército Popular de Coreia. Em 12 de fevereiro, o regime norte-coreano realizou seu terceiro teste nuclear subterrâneo, após os de 2006 e 2009, o que causou reprovação da comunidade internacional e provavelmente levará à aplicação de novas sanções por parte do Conselho de Segurança da ONU, que se reúne hoje.

O anúncio ocorreu em um momento em que a imprensa sul-coreana e americana afirma que os Estados Unidos e China, tradicional aliada de Pyongyang, teriam chegado a um acordo sobre uma minuta com as sanções.

Com o comunicado, o regime comunista aumenta mais um pouco sua agressividade e retórica belicista contra Seul e Washington e eleva o ambiente de tensão na península.

Após o teste nuclear de fevereiro, Pyongyang ameaçou com a "destruição total" a Coreia do Sul caso o país seguisse adiante com manobras militares conjuntas com os Estados Unidos, iniciadas na região em 1º de março e que irá até 30 de abril.

"Quando os exercícios bélicos atingirem sua fase principal depois de 11 de março, o acordo de armistício da guerra coreana chegará ao seu fim", assegurou o comunicado publicado hoje pela "KCNA".

A guerra entre as Coreias terminou com um armistício, e não um tratado de paz, assinado na aldeia de Panmunjom.

Os Estados Unidos, que lideraram uma coalizão da ONU que atuou ao lado de Seul na disputa, mantêm até hoje 28.500 soldados na Coreia do Sul.

EFE   
Compartilhar
Publicidade