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Ásia

Putin não descarta reeleição e liderar Kremlin até 2024

Em encontro com jornalistas, o líder russo também afirmou que se Berlusconi fosse gay não estaria enfrentando problemas com a justiça

19 set 2013 - 14h31
(atualizado às 16h33)
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Putin em discurso na localidade de Valdai
Putin em discurso na localidade de Valdai
Foto: Reuters

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quinta-feira durante um fórum internacional de debates realizado em seu país que não descarta se candidatar nas eleições de 2018 e em caso de vitória liderar o Kremlin até 2024.

Segundo a Constituição russa, o presidente tem direito a exercer dois mandatos consecutivos. Por esse motivo, Putin teve que deixar o Kremlin e se tornou primeiro-ministro entre 2008 e 2012. Logo após deixar o Kremlin, em 2008, seu substituto, Dmitri Medvedev, reformou a Constituição para ampliar o mandato presidencial de quatro a seis anos.

Por outro lado, Putin, que foi criticado por aplicar desde seu retorno ao Kremlin uma série de leis que limitam as liberdades civis, também não descartou anistiar os ativistas opositores presos nas grandes protestos de maio de 2012.  Apesar disso, Putin disse que prefere não se envolver neste assunto e aconselhou a oposição a deixar que os órgãos de segurança e a justiça completem a investigação e o processo judicial correspondentes.

"Se houve sinais de grandes distúrbios ou não, não quero fazer nenhuma avaliação de caráter jurídico. Se as pessoas se comportam e expressam suas opiniões de uma forma como viola os direitos e interesses de outros cidadãos, infringem a lei e deve haver a correspondente reação por parte do Estado", declarou.

Além disso, afirmou que "é evidente que a Rússia se encontra no caminho democrático e procura caminhos para o fortalecimento dos fundamentos democráticos". "Que poder deve existir na Rússia? Isso deve ser decidido pelos cidadãos russos e não pelos nossos respeitados colegas estrangeiros. Há bem pouco, um ano, houve eleições e a grande maioria dos cidadãos russos votou por este humilde servidor", afirmou.

Apoio a Berlusconi

Putin, manifestou apoio a seu velho amigo Silvio Berlusconi dizendo que o ex-primeiro-ministro italiano não teria sido julgado por ter mantido relações sexuais com uma menor de idade se ele fosse gay. "Berlusconi está sendo julgado porque convive com as mulheres. Se ele fosse homossexual, ninguém iria levantar um dedo contra ele", disse.

O comentário de Putin provocou risos na plateia sobre o que parecia ser uma referência às críticas no exterior sobre uma lei que ele sancionou neste ano proibindo a difusão de "propaganda homossexual" entre menores na Rússia.

EFE   
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