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Ásia

Putin falará sobre terrorismo em seu primeiro discurso na ONU em dez anos

11 set 2015 - 08h59
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O presidente russo, Vladimir Putin, falará sobre a luta contra o terrorismo e a segurança internacional no dia 28 de setembro em seu primeiro discurso perante a Assembleia Geral da ONU em dez anos, anunciou nesta sexta-feira o Kremlin.

O líder russo abordará "aspectos cruciais da agenda internacional, entre eles, naturalmente, assuntos relacionados com os esforços conjuntos na luta contra o terrorismo", disse Yuri Ushakov, assessor do Kremlin.

Além disso, Putin também advogará para que "a ONU siga tendo um papel central e coordenador em todos os assuntos internacionais e de segurança".

O chefe do Kremlin subirá ao palanque da Assembleia Geral na manhã de 28 de setembro, considerada o último dia de sessões.

"A parte russa concede uma grande importância ao 70° aniversário da organização", acrescentou o diplomata russo.

Putin, no poder há mais de 15 anos (como presidente ou primeiro-ministro da Rússia), discursou pela última vez perante a ONU em 2005, quando desde o palanque pediu à organização que se adapte à nova realidade e mencionou o terrorismo como a maior ameaça para o mundo.

Recentemente, Putin propôs ao Ocidente uma coalizão internacional para combater a ameaça terrorista que representam o Estado Islâmico e outros grupos jihadistas, que integraria o regime sírio de Bashar al Assad e o Irã.

Nos últimos dias fontes ocidentais e israelenses informaram sobre uma escalada da presença militar russa na Síria, cujo objetivo seria preparar uma possível intervenção militar russa nesse país, seu principal aliado no Oriente Médio.

A Rússia reconheceu que os aviões que envia à Síria levam tanto ajuda humanitária como armamento, mas relaciona a provisão de equipamentos militares a Damasco com a luta contra o terrorismo e nega que tenha planos de dar passos militares adicionais.

Segundo a imprensa, na sessão será abordada a proposta de alguns países de restringir o direito de veto dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança (EUA, China, Rússia, França e o Reino Unido).

Essas potências não poderiam utilizar o veto em casos de graves crises humanitárias e crimes contra a humanidade.

A respeito, a Rússia sempre advogou por reforçar o papel da ONU e dar maior voz e voto a outros países, em particular, os emergentes como a Índia e Brasil.

Nos últimos anos, a Rússia esteve sempre representada na Assembleia geral da ONU por Lavrov, com exceção de 2009 quando foi a vez do presidente russo, Dmitri Medvedev.

EFE   
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