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Ásia

Presidente do grupo Hyundai visita Coreia do Norte por ex-marido

3 ago 2013 - 01h52
(atualizado às 02h34)
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A presidente do conglomerado empresarial Hyundai, Hyun Jeong-eun, chegou neste sábado à Coreia do Norte para assistir uma cerimônia em memória de seu falecido marido, Chung Mong-hun, um grande incentivador de projetos conjuntos entre as duas Coreias.

Hyun e a delegação que a acompanha cruzaram nas primeiras horas do dia a fronteira que divide os dois países, que permanecem tecnicamente em conflito, pois a Guerra da Coreia (1950-1953) terminou com um cessar-fogo e não com um tratado de paz.

Está previsto que a delegação retorne à fronteira por volta das 16h locais (4h de Brasília) após a realização do memorial no complexo turístico do monte Kumgang, no sudeste da Coreia do Norte, informou a agência sul-coreana Yonhap.

A visita, autorizada por Seul, ocorre em um momento no qual a administração sul-coreana aguarda uma resposta da Coreia do Norte para fazer uma nova reunião para negociar, após seis encontros fracassados, a reabertura do complexo industrial conjunto de Kaesong.

O grupo Hyundai liderou o desenvolvimento tanto do complexo turístico do monte Kumgang como do polígono de Kaesong, que atualmente estão fechados.

Kumgang deixou de funcionar em 2008 depois que uma turista sul-coreana foi morta por disparos de soldados do Norte. Kaesong está fechado desde que Pyongyang retirou em abril seus 54 mil operários como parte de uma intensa campanha de hostilidades contra Seul e Washington.

O governo sul-coreano já anunciou que não enviaria nenhuma mensagem através da delegação da Hyundai, que deve se reunir com representantes do regime de Kim Jong-un.

A cerimônia realizada hoje no monte Kumgang lembra o décimo aniversário da morte de Chung Mong-hun, o quinto filho do fundador da Hyundai, Chung Ju-yung.

Como presidente do grupo, Chung buscou sempre incentivar as relações e o desenvolvimento de projetos entre as duas Coreias, de acordo com os desejos de seu pai, nascido originalmente na Coreia do Norte em 1915 e morto em 2001.

No entanto, o ex-presidente da Hyundai se suicidou em 2003 em plena investigação sobre supostas transferências secretas ao governo de Pyongyang para favorecer a realização em 2000 da histórica cúpula entre o ex-líder norte-coreano Kim Jong-il e o ex-presidente sul-coreano Kim Dae-jung.

EFE   
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