PUBLICIDADE

Ásia

Premiê do Tibete pede que população não celebre Ano-Novo

25 jan 2013 - 07h16
(atualizado às 08h41)
Compartilhar
Exibir comentários

O primeiro-ministro tibetano no exílio pediu nesta sexta-feira para seus compatriotas não celebrarem o Ano-Novo tibetano, no dia 11 de fevereiro, em sinal de respeito às pessoas que se queimaram vivas nos últimos três anos para protestar contra o domínio chinês na região do Tibete. Desde fevereiro de 2009, 99 tibetanos, entre eles muitos monges, atearam fogo em seus próprios corpos e 83 faleceram pelas queimaduras, segundo os últimos números do governo tibetano no exílio em Dharamsala, no norte da Índia.

Foto de outubro de 2012 mostra corpo de monge após sacrifício ao lado de monastério
Foto de outubro de 2012 mostra corpo de monge após sacrifício ao lado de monastério
Foto: AP

"Devido à persistência desta trágica situação, peço aos meus compatriotas tibetanos que não celebrem o Losar (o Ano-Novo tibetano) nem suas festas tradicionais", declarou em um comunicado o primeiro-ministro tibetano no exílio, Lobsang Sangay. "Peço a vocês que apenas pratiquem os rituais religiosos habituais", como a visita aos templos e o rito das oferendas, acrescentou, incentivando os tibetanos a vestir seus trajes tradicionais "para mostrar nossa identidade e nossa tradição".

Muitos tibetanos já não suportam a crescente dominação dos Han, a etnia majoritária na China, na região do Tibete, e a repressão de sua religião e de sua cultura. Pequim rejeita estas acusações e considera que os tibetanos se beneficiam da liberdade de culto. O governo ressalta os importantes investimentos realizados para a modernização do Tibete e para uma melhor qualidade de vida de seus habitantes.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
Compartilhar
Publicidade
Publicidade