O porta-aviões chinês Liaoning atracou nesta sexta-feira pela primeira vez em uma base militar no Mar da China Meridional, onde o país asiático mantém reivindicações territoriais com países vizinhos e no meio de um aumento das tensões regionais.
Segundo a agência oficial Xinhua, o Liaoning partiu na terça-feira do porto oriental de Qingdao, cruzou ontem o estreito de Formosa e chegou hoje à base de Sanya, na província chinesa de Hainan.
Em sua primeira missão fora de sua base original no Mar Amarelo, o porta-aviões está acompanhado pelos contratorpedeiros Shenyang e Shijiazhuang e pelas fragatas Yantai e Weifang.
A viagem da pequena frota acontece durante o aumento das tensões regionais, depois que a China anunciou a ampliação de sua zona de defesa aérea, que passou a incluir as ilhas Diaoyu/Senkaku, controladas pelo Japão, mas cuja soberania é reivindicada por Pequim há décadas.
Em sua viagem a Hainan, o Liaoning cruzou o Mar da China Oriental, onde ficam as ilhotas Diaoyu/Senkaku.
No Mar da China Meridional, Pequim também mantém reivindicações territoriais, neste caso pelos arquipélagos Spratly e Paracel, disputado com Vietnã, Filipinas e outras nações do sudeste asiático.
Tanto no caso das Diaoyu/Senkaku, como nas ilhas meridionais, o conflito esconde interesses econômicos, pois se acredita na existência de ricas reservas de petróleo e gás nas águas próximas dos arquipélagos.
Aviões americanos FA-18 Hornets ocupam o deque de voo do porta-aviões USS George Washington durante exercícios militares conjuntos entre forças dos EUA e do Japão no Oceano Pacífico. As operações militares foram encerradas nesta quinta-feira, dia em que China alegou que aviões japoneses invadiram uma "zona aérea de identificação" decretada sobre o Mar da China Oriental. Na véspera, aviões americanos teriam sobrevoado o mesmo espaço
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A China afirma que qualquer aeronave que entrar na "zona de identificação" deve apresentar o plano de voo detalhado, mostrar claramente a nacionalidade e manter as comunicações por rádio para "responder de maneira rápida e apropriada aos pedidos de identificação" das autoridades chinesas, sob risco de intervenção das Forças Armadas
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No sábado passado, o ministério chinês da Defesa proclamou de forma unilateral uma "zona aérea de identificação" sobre grande parte do Mar de China Oriental, entre Coreia do Sul e Taiwan, que inclui fundamentalmente um pequeno arquipélago controlado pelo Japão, as ilhas Senkaku, reivindicado por Pequim com o nome de Diaoyu
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As autoridades japonesas responderam que a zona não tinha nenhuma validade e o governo dos Estados Unidos chamaram a iniciativa chinesa de "incendiária"
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Helicóptero da Força de Autodefesa Marítima do Japão decola do porta-aviões americano
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A "invasão" aumentou o clima de tensão entre os rivais asiáticos