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Ásia

Pequim e Seul discutem desnuclearização da Coreia do Norte

27 jun 2013 - 12h46
(atualizado às 12h50)
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Os chefes de Estado chinês e sul-coreano afirmaram nesta quinta-feira, em Pequim, sua vontade de desnuclearizar a Coreia do Norte, por ocasião de uma visita a China da presidente sul-coreana Park Geun-Hye.

"Estamos de acordo que devemos continuar a desnuclearização da península coreana para preservar a paz e a estabilidade na península", declarou o presidente chinês.

"Ambas as partes concordaram em não permitir que a Coreia do Norte use sua força nuclear em qualquer circunstância, e em conseguir a desnuclearização da península coreana", ressaltou por sua vez Park.

"A situação na península tem evoluído de forma positiva", observou Xi Jinping.

Na semana passada, altos funcionários chineses e norte-coreanos discutiram em Pequim a situação na península coreana, enquanto os Estados Unidos se reuniram com representantes sul-coreanos e as autoridades japonesas para discutir a situação na Coreia do Norte.

"Esperamos que todas as partes aproveitem a oportunidade de trabalhar em uma recuperação, o mais rápido possível, das negociações de seis partes", disse o presidente chinês.

Essas negociações buscavam fazer a Coreia do Norte abandonar seu programa nuclear em troca de garantias para sua segurança. Pyongyang rejeitou continuar a participar das conversas em 2009, que reuniram, além das duas Coreias, China, Japão, Rússia e Estados Unidos.

A presidente sul-coreana, que chegou esta manhã na capital chinesa, foi recebida à tarde com honras militares no Palácio do Povo na Praça de Tiananmen por Xi Jinping, presidente desde março.

A chefe de Estado sul-coreana, no cargo desde fevereiro, declarou que sua prioridade seria de "cimentar" a cooperação com a China para pressionar a Coreia do Norte a aceitar a desnuclearização da península coreana.

China e Coreia do Norte são, historicamente, dois países aliados. Mas as relações entre os dois Estados deteriorou-se após os recentes lançamentos de foguetes e último teste nuclear de Pyongyang em fevereiro.

"Tradicionalmente, a China tem enfatizado a necessidade de manter a estabilidade da Coreia do Norte, ao mesmo tempo em que tenta resolver a questão nuclear", segundo Choi Seon-Woo, professor na Academia Nacional da diplomacia sul-coreana.

"Mas os dois objetivos são por vezes contraditórios e, nos últimos tempos, a China mudou sua posição e se aproximou dos Estados Unidos e da Coreia do Sul", considera.

Depois de vários meses de tensões militares, autoridades das duas Coreias se reuniram em 9 de junho no posto de fronteira de Panmunjom para discutir o restabelecimento de relações comerciais.

A visita de Park também tem um componente econômico, já que a China se tornou o maior parceiro comercial da Coreia do Sul.

Segundo a agência de notícias Nova China, Park chegou a China à frente de uma delegação de 71 empresários sul-coreanos.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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