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Ásia

Parte da equipe que atuou no acidente de Fukushima recebeu radiação excessiva

26 out 2015 - 08h53
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Ao todo, 38% dos militares, bombeiros e policiais que participaram das tarefas de evacuação após o acidente nuclear de Fukushima, em 2011, foi atingida por doses de radiação superiores ao limite anual recomendado, revelou o governo japonês nesta segunda-feira.

O Executivo japonês publicou estes dados após analisar os registros de exposição à radiação dos cerca de 3 mil soldados que contribuíram na retirada de moradores de uma área de 20 quilômetros no em torno da usina.

Estes trabalhos aconteceram entre 12 e 31 de março de 2011, logo depois do terremoto e do tsunami de 11 de março que provocaram a catástrofe nuclear. Os funcionários das Forças de Autodefesa (exército), da Agência Nacional de Polícia e dos bombeiros foram expostos a 1 milisievert (que equivale a 1.000 microsievert) ou mais, o limite anual que a Comissão Internacional de Proteção Radiológica (ICRP) recomenda.

Dos 38%, um quinto recebeu uma dose superior a 2 milisieverts e 5% recebeu entre 5 e 10 milisieverts, conforme dados divulgados pelo governo e divulgados pela imprensa japonesa.

Enquanto a dose máxima recomendada pela ICRP é de 1 milisievert por ano, no caso dos trabalhadores de instalações nucleares a legislação japonesa fixa um limite de 100 milisieverts distribuídos em cinco anos e com um máximo de 50 anual. No entanto, durante a crise de Fukushima, o governo decidiu elevar este teto anual a 250 microsieverts de forma excepcional.

Os dados foram divulgados uma semana depois de o governo japonês reconhecer pela primeira vez o vínculo entre o câncer desenvolvido por um ex-empregado da usina e suas tarefas de limpeza e reconstrução do local após a catástrofe nuclear. O homem, de 41 anos, desenvolveu leucemia depois de ficar exposto a 15,7 microsieverts anuais por seu trabalho e agora receberá uma compensação do Estado por acidente de trabalho.

EFE   
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