Oposição rejeita resultados das eleições no Camboja e pede investigação
A oposição rejeitou nesta segunda-feira os resultados preliminares das eleições gerais realizadas no domingo no Camboja, que dão a vitória com maioria absoluta ao partida do governo, e pediu uma investigação ao considerar que houve muitas irregularidades.
"Não aceitamos os resultados (...) porque encontramos várias irregularidades", denunciou o opositor Partido para o Resgate Nacional do Camboja (PRNC) em comunicado.
O Partido do Povo do Camboja (PPC) do primeiro-ministro, Hun Sen, reivindicou a vitória nas eleições com 68 das 123 cadeiras em jogo frente a 55 para o PRNC.
A legenda opositora pediu a criação de um "comitê conjunto", que inclua representantes de ambos os partidos, do Comitê Eleitoral, das Nações Unidas e da sociedade civil para investigar as denúncias.
O pleito, o quinto desde o restabelecimento da democracia, em 1993, transcorreu com normalidade, embora grupos de observadores denunciaram irregularidades no registro de voto que deixaram muitos eleitores fora do censo.
A organização Transparência Internacional qualificou de "caótico" o desenvolvimento da jornada eleitoral, em uma avaliação preliminar.
Seu diretor-executivo, Prieb Kol, disse que as eleições se ficaram longe do cumprimento dos padrões e princípios da democracia, embora tenha destacado o menor clima de violência durante a campanha eleitoral em relação às anteriores.
O Comitê Nacional Eleitoral ainda não publicou os resultados oficiais nem deu números de participação que, segundo a organização local Comitê para Eleições Livres e Justas foi de 69%, a mais baixa em 20 anos.