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Ásia

ONU impõe novas punições à Coreia do Norte por lançamento de foguete

22 jan 2013 - 19h34
(atualizado às 22h51)
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O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou por unanimidade nesta terça-feira a imposição de novas punições contra a Coreia do Norte devido ao lançamento de um foguete de longo alcance pelo país em dezembro. Os 15 membros ordenaram o congelamento dos ativos do Comitê Coreano de Tecnologia Espacial, encarregado do lançamento, e de outros organismos locais, assim como restrições de viagem para fora do território nacional.

Tela mostra um dos foguetes norte-coreanos 3 durante seu lançamento
Tela mostra um dos foguetes norte-coreanos 3 durante seu lançamento
Foto: KCNA / Reuters

A Coreia do Norte lançou em 12 de dezembro um foguete de longo alcance Unha-3, que aparentemente conseguiu pôr em órbita pela primeira vez em sua história um satélite de observação. Os Estados Unidos e a Coreia do Sul pediram que a ONU reforçasse as sanções contra Pyongyang. O Conselho ordenou também o congelamento dos ativos do Bank of East Land, que presta apoio à exportadora de armas Green Pine, e da mineradora Korea Mining Development Trading Corp (Komid), responsável pela metade das armas exportadas pela Coreia do Norte, entre outros.

Além disso, o principal órgão de decisão da ONU proibiu o direito de viajar de Chang-Ho, funcionário superior e chefe do centro de controle de satélites do comitê, e Chang Myong-Chin, gerente geral da estação de lançamento de satélites Sohae. A proibição também afeta Ra Ky'ong-su e Kwang-il, dois funcionários do Tanchon Commercial Bank (TCB), que financia as atividades da Komid, e Kwang-il, segundo o texto da resolução aprovado nesta terça-feira.

O Conselho voltou a criticar o lançamento do foguete e exigiu ao regime de Pyongyang que não realize novos lançamentos usando tecnologia de mísseis balísticos e que abandone seus programas nucleares de maneira "completa, verificável e irreversível". Além disso, reafirmou seu desejo de encontrar uma solução "pacifica, diplomática e política", comemorou os esforços mediadores que estão sendo feitos e sublinhou a necessidade de evitar toda ação que possa agravar as tensões na região.

EUA e Coreia do Sul argumentam que esse projeto espacial encobre um teste ilegal de mísseis balísticos e que o foguete era na realidade um projétil derivado de seu míssil de longo alcance Taepodong-2, com capacidade para alcançar o território americano. O lançamento do foguete em dezembro recebeu a condenação de uma grande parte da comunidade internacional, incluindo a China, o principal aliado do regime norte-coreano agora liderado por Kim Jong-un.

Reações

Já na quarta-feira, pelo horário local, o Ministerio das Relações Exteriores norte-coreano enviou comunicado à agência norte-coreana de notícias KCNA informando que "não haverá mais negociações sobre a desnuclearização da península coreana no futuro", mas abriu caminho para conversas com o objetivo de garantir "a paz e a segurança". "Devido à piora da política hostil dos Estados Unidos sobre a Coreia do Norte, as conversas de seis lados e a declaração conjunta de 19 de setembro são declaradas nulas, e a desnuclearização da península chegou a seu fim", diz o comunicado.

EFE   
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