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Ásia

ONU impõe novas punições à Coreia do Norte por lançamento de foguete

22 jan 2013 - 20h52
(atualizado às 20h55)
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O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou por unanimidade nesta terça-feira a imposição de novas punições contra a Coreia do Norte devido ao lançamento de um foguete de longo alcance pelo país em dezembro.

Os 15 membros do Conselho ordenaram o congelamento dos ativos do Comitê Coreano de Tecnologia Espacial, encarregado do lançamento, e de outros organismos locais, assim como restrições de viagem para fora do território nacional.

A Coreia do Norte lançou em 12 de dezembro um foguete de longo alcance Unha-3, que aparentemente conseguiu pôr em órbita pela primeira vez em sua história um satélite de observação. Os Estados Unidos e a Coreia do Sul tentavam então que a ONU reforçasse as sanções contra Pyongyang.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, elogiou as novas punições do Conselho de Segurança e destacou que, ao falar com uma voz única, os 15 membros reafirmam que a busca de armas nucleares é inaceitável para a comunidade internacional.

O diplomata sul-coreano pediu a Pyongyang que respeite todas as resoluções do Conselho e evite novos passos que possam, em sua opinião, "exacerbar as tensões na península de Coreia, incluindo novos lançamentos ou testes nucleares".

Por fim, Ban reiterou o diálogo como única via para conseguir uma península de Coreia sem armas nucleares e uma paz duradoura na região, e convocou todas as partes a retomar as conversas de seis lados.

O Conselho ordenou também o congelamento dos ativos do Bank of East Land, que presta apoio à exportadora de armas Green Pine, e da mineradora Korea Mining Development Trading Corp (Komid), responsável pela metade das armas exportadas pela Coreia do Norte, entre outros.

Além disso, o principal órgão de decisão da ONU proibiu o direito de viajar de Chang-Ho, funcionário superior e chefe do centro de controle de satélites do comitê, e Chang Myong-Chin, gerente geral da estação de lançamento de satélites Sohae.

A proibição também afeta Ra Ky'ong-su e Kwang-il, dois funcionários do Tanchon Commercial Bank (TCB), que financia as atividades da Komid, e Kwang-il, segundo o texto da resolução aprovado nesta terça-feira.

O Conselho voltou a criticar o lançamento do foguete e exigiu ao regime de Pyongyang que não realize novos lançamentos usando tecnologia de mísseis balísticos e que abandone seus programas nucleares de maneira "completa, verificável e irreversível".

Além disso, reafirmou seu desejo de encontrar uma solução "pacifica, diplomática e política", comemorou os esforços mediadores que estão sendo feitos e sublinhou a necessidade de evitar toda ação que possa agravar as tensões na região.

EUA e Coreia do Sul argumentam que esse projeto espacial encobre um teste ilegal de mísseis balísticos e que o foguete era na realidade um projétil derivado de seu míssil de longo alcance Taepodong-2, com capacidade para alcançar o território americano.

O lançamento do foguete em dezembro recebeu a condenação de uma grande parte da comunidade internacional, incluindo a China, o principal aliado do regime norte-coreano agora liderado por Kim Jong-un.

EFE   
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