PUBLICIDADE

Ásia

ONU diz que Paquistão sofre com "emergência" alimentar

Conflito e inundações fizeram a fome atingir níveis emergenciais, de acordo com o Programa Mundial de Alimentos da ONU

23 jun 2013 - 17h16
(atualizado às 20h57)
Compartilhar
Exibir comentários

A fome no Paquistão está em níveis emergenciais após anos de conflito e inundações, mas o financiamento diminuiu à medida que novas crises, como a da Síria, chamam mais a atenção dos doadores, afirmou o chefe de auxílio alimentar das Nações Unidas, neste domingo.

Combates em áreas tribais que fazem fronteira com o Afeganistão agravaram os problemas causados por três anos consecutivos de inundações, que destruíram colheitas e forçaram milhões de pessoas a abandonar temporariamente as suas casas.

No país, 15% das crianças estão seriamente desnutridas, e cerca de 40% têm problemas de crescimento informou o Programa Mundial de Alimentos da ONU (WFP, em inglês). "Esta é uma situação de emergência, tanto do lado da segurança alimentar, como do lado da subnutrição", afirmou o chefe do WFP, Ertharin Cousin. "Precisamos dar o alarme."

Em um centro para tratamento de desnutrição aguda no Vale Swat no Paquistão, que Cousin visitou no domingo, uma jovem mãe chamada Zainab segurava seu bebê desnutrido de 2 meses de idade, e esperava por uma ração de alta nutrição.

"Quando a área foi evacuada, deixamos os nossos animais e nossas casas, quando voltamos nossos animais foram mortos e as nossas casas foram destruídas", disse Zainab, que usava uma burca preta. Cousin disse que o aumento do custo da crise de refugiados na Síria já significava que era mais difícil atrair fundos para o Paquistão.

As operações do WFP relacionadas à Síria custam atualmente 19 milhões dólares por mês, e estão previstos para subir para até 42 milhões de dólares por mês até o final do ano, colocando uma pressão sobre os doadores ocidentais.

Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Compartilhar
Publicidade
Publicidade