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Ásia

ONU denuncia abusos disseminados na Coreia do Norte

17 set 2013 - 10h10
(atualizado às 10h14)
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Sobreviventes de um campo de prisioneiros da Coreia do Norte sofreram "fome e atrocidades inenarráveis", indícios de violações disseminadas e sistemáticas por parte do Estado, disseram investigadores de direitos humanos da ONU nesta terça-feira.

Chefe da comissão de investigação sobre direitos humanos na Coreia do Norte, Michael Kirby, gesticula durante coletiva de imprensa na sede da ONU em Genebra. Sobreviventes de um campo de prisioneiros da Coreia do Norte sofreram "fome e atrocidades inenarráveis", indícios de violações disseminadas e sistemáticas por parte do Estado, disseram investigadores de direitos humanos da ONU nesta terça-feira. 17/09/2013.
Chefe da comissão de investigação sobre direitos humanos na Coreia do Norte, Michael Kirby, gesticula durante coletiva de imprensa na sede da ONU em Genebra. Sobreviventes de um campo de prisioneiros da Coreia do Norte sofreram "fome e atrocidades inenarráveis", indícios de violações disseminadas e sistemáticas por parte do Estado, disseram investigadores de direitos humanos da ONU nesta terça-feira. 17/09/2013.
Foto: Denis Balibouse / Reuters

Michael Kirby, chefe do inquérito independente, disse que depoimentos de exilados norte-coreanos, incluindo de ex-presos políticos, concedidos em audiências públicas no mês passado em Seul e Tóquio, sugerem um padrão de comportamento por parte do Estado.

"Eles são representativos de padrões de grande escala que podem constituir violações sistemáticas e flagrantes dos direitos humanos", disse Kirby ao apresentar o primeiro relatório da comissão ao Conselho de Direitos Humanos da ONU.

Segundo ele, o inquérito buscará determinar quais instituições e funcionários norte-coreanos são responsáveis.

A comissão de inquérito foi criada em março para investigar supostas violações no misterioso país comunista, incluindo possíveis crimes contra a humanidade.

Entre os depoentes da comissão estava Shin Dong-hyuk, mais conhecido desertor norte-coreano, que conseguiu fugir de um campo para prisioneiros políticos onde nasceu.

"Pensamos no testemunho de um rapaz, aprisionado desde o nascimento e vivendo à base de roedores, lagartos e grama para sobreviver, e testemunhando a execução pública da sua mãe e do seu irmão", disse Kirby sobre Shin.

Os investigadores, que não tiveram acesso ao país apesar das repetidas solicitações, disseram que o regime comunista norte-coreano não respondeu aos depoimentos e demais "vastos indícios" apresentados pela comissão. Kirby desafiou Pyongyang a apresentar "uma onça (a medida de peso) de provas" em sua defesa.

So Se Pyong, embaixador da Coreia do Norte, disse que o inquérito é uma falsificação difamatória que buscar derrubar o regime norte-coreano e que foi politicado pela União Europeia e o Japão "em aliança com a política hostil dos EUA".

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