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Ásia

Número de mortos por terremoto no Japão se aproxima de 1,6 mil

13 mar 2011 - 19h13
(atualizado às 20h02)
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As autoridades do Japão elevaram neste domingo para quase 1,6 mil o número de mortos pelo terremoto e pelo tsunami de sexta-feira, enquanto mais de 10 mil pessoas continuam desaparecidas. Nas últimas horas, 643 mortes foram confirmadas na província de Miyagi, a mais devastada pelo terremoto no nordeste do país, o que elevou para 1.596 o número de vítimas, segundo a televisão NHK.

Uma balsa parou em cima de uma casa depois do tsunami que atingiu a cidade de Otsuchi, na província de Iwate
Uma balsa parou em cima de uma casa depois do tsunami que atingiu a cidade de Otsuchi, na província de Iwate
Foto: Reuters

Algumas cidades litorâneas tiveram praticamente todos seus edifícios destruídos. Em algumas áreas urbanas, como a cidade de Sendai, as equipes de resgate continuam encontrando corpos e os trabalhos se tornam difíceis pelas constantes réplicas do tremor e pela destruição causada pelo terremoto de 9 graus de magnitude na escala Richter que atingiu o país na sexta-feira.

As autoridades locais também buscam mais de mil moradores dos quais não se tem notícias desde sexta-feira na província de Fukushima, onde existe o risco de uma contaminação radioativa por causa de um escapamento de vapor em uma usina nuclear. Quase 400 mil habitantes foram retirados da região e 100 mil militares e socorristas de 70 países trabalham para levar ajuda à população.

A polícia de Miyagi, província mais afetada pelo terremoto, acredita que haverá pelo menos dez mil mortos, enquanto outras fontes não descartam que o número possa ser maior. Só em Minamisanriku, localidade litorânea de Miyagi arrasada pelo tsunami que seguiu o terremoto de 9 graus na escala Richter, 9,5 mil pessoas ainda não foram localizadas.

Na apuração oficial, segundo a agência local Kyodo, também não estão incluídos outros 600 corpos que foram localizados nas províncias de Miyagi e Iwate, ambas no litoral do Pacífico. Os números oficiais falam de mais de 20,8 mil edifícios destruídos e que 450 mil japoneses tiveram que ser evacuados de suas casas por vários motivos, entre eles 200 mil deslocados pelos riscos em uma usina nuclear em Fukushima.

Além disso, mais de 100 mil militares japoneses serão desdobrados para socorrer as vítimas, ajudados por resgatistas e pessoal especializado de quase 70 países, entre eles os Estados Unidos, que colocaram à disposição do Japão o porta-aviões Ronald Reagan.

A Agência Meteorológica do Japão revelou no domingo à noite (horário local) que há 70% de chance de ocorrerem réplicas do terremoto de até 7 graus na escala Richter nos próximos três dias, e várias embaixadas recomendaram a seus cidadãos que não viajem ao país.

EFE   
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