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Ásia

Número de mortos por terremoto na China chega a 186

21 abr 2013 - 12h52
(atualizado às 12h59)
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Após as forças de resgate terem encontrado vários novos cadáveres nos escombros, o número de mortos pelo terremoto de 7 graus na escala Ritcher que atingiu a província chinesa de Sichuan já chega a 186 e o de feridos a 11.393, com pelo menos 21 pessoas desaparecidas, informou a agência "Xinhua".

A maioria das vitímas morreu na área municipal de Yaan, onde foi registrado o tremor, concretamente na comarca de Lushan, onde ficou situado o epicentro.

As autoridades informaram também que o terremoto danificou vários bens que são patrimônio cultural na zona afetada, que se encontra na mesma onde há cinco anos houve outro terremoto, de 8 graus, e que causou a morte de 90 mil pessoas.

Na remota comarca de Baoxing, que ficou isolada pelo terremoto, foram confirmadas 26 mortos e em torno de 2.500 feridos, segundo indicou o dirigente Ma Jun à agência oficial "Xinhua".

Segundo Ma, quase todas as casas nesse área, de uma população de 58 mil pessoas, ficaram danificadas no terremoto, incluindo muitas casas que foram construídas após o terremoto de 2008.

A zona se encontra sem água, eletricidade e gás.

O foco sísmico se situou a 30,3 graus latitude norte, 103 graus longitude este e 13 quilômetros de profundidade, na mesma vertente montanhosa onde em 12 de maio de 2008 aconteceu o terremoto de Wenchuan, de 8 graus, embora este teve seu epicentro 250 quilômetros mais ao nordeste, no outro extremo da cordilheira.

A falha de Longmen, uma pequena parte da grande zona de atrito entre as placas tectônicas indiana e asiática, registrou 12 terremotos de mais de cinco graus desde 1900, o pior deles o ocorrido em 2008 em Wenchuan.

As autoridades realizam um amplo trabalho de atendimento às vítimas, com o envio de mais de 7.500 soldados do Exército de Libertação Popular e milhares de agentes sanitários, bombeiros e membros da Polícia armada, que conseguiram encontrar até agora 50 pessoas vivas sob os escombros.

O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, viajou no sábado à zona para supervisionar os trabalhos de resgate, e o presidente Xi Jinping pediu às autoridades que não poupem os esforços e deem prioridade ao resgate de vítimas.

O terremoto deixou muitas histórias, e uma das mais comentadas foi a da jornalista Chen Ying, que foi pega de surpresa pelo terremoto quando estava se preparando para seu casamento, e que decidiu interromper o enlace para cobrir a notícia e entrevistar os afetados vestida com um elegante traje de noiva.

O oeste da China é uma zona de frequente atividade sísmica, e nas últimas semanas, vários tremores de menor intensidade (ao redor de 5 graus na escala Richter) na também ocidental província chinesa de Yunnan deixaram dezenas de feridos.

EFE   
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