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Ásia

Número de mortos em desabamento em Bangladesh passa de 600

Autoridades ainda trabalham no resgate de corpos dos escombros do prédio Rana Plaza, em Savar, que desabou no dia 24 de abril

5 mai 2013 - 09h25
(atualizado às 10h35)
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Mulher é confortada após o corpo de sua filha ser identificado entre as vítimas do desabamento neste domingo
Mulher é confortada após o corpo de sua filha ser identificado entre as vítimas do desabamento neste domingo
Foto: AP

O número de mortos no desabamento de um edifício de confecções têxteis de Bangladesh chegava neste domingo a 620, depois que dezenas de corpos foram retirados da montanha de escombros, informou uma fonte militar. O tenente Imran Khan, membro da equipe responsável pelos trabalhos de resgate, confirmou à AFP o número de 622 mortos depois que 53 corpos foram resgatados neste domingo.

O Rana Plaza, de oito andares, desabou no dia 24 de abril em Sevar, nas imediações da capital de Dacca, capital do país, quando cerca de 3 mil empregados da indústria têxtil trabalhavam em cinco confecções diferentes. Segundo as autoridades, 2.437 pessoas foram salvas.

As tarefas de identificação são difíceis devido ao estado dos corpos, já em descomposição avançada ou mutilados, informaram as autoridades. "Identificamos somente alguns deles, graças a telefones celulares em seus bolsos ou a carteiras de identificação do funcionário da confecção", explicou à AFP o administrador adjunto do distrito de Dacca, Zillur Rahman Chowdhury. O forte odor de descomposição sugere que ainda há corpos de vítimas sob os escombros.

Segundo uma autoridade responsável pelas investigações, as vibrações provocadas principalmente por quatro enormes geradores de eletricidade instalados nos andares superiores do edifício provocaram o desastre.

Além disso, segundo o arquiteto do prédio, Masood Reza, o imóvel não foi projetado para suportar o peso de todo o maquinário e dos geradores instalados nas fábricas de roupas, e sim para abrigar escritórios ou centros comerciais.

A Polícia de Bangladesh deteve 12 pessoas, incluindo o proprietário do edifício e quatro pessoas responsáveis pelas fábricas. Eles são acusados de ter obrigado os empregados a continuar trabalhando, apesar das rachaduras que apareceram no imóvel no dia anterior ao desabamento.

A tragédia aconteceu cinco meses depois de um incêndio que provocou a morte de 111 pessoas em outra fábrica de roupas.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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