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Ásia

Novo vazamento de água radioativa é detectado em Fukushima

17 abr 2014 - 01h21
(atualizado às 01h27)
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A usina nuclear de Fukushima detectou um vazamento de mais de uma tonelada de água radioativa dentro das instalações de descontaminação do líquido, que não chegou ao exterior da central, anunciou nesta quinta-feira a operadora Tokyo Electric Power (Tepco).

O incidente aconteceu quando funcionários da usina limpavam um tanque utilizado na filtragem de substâncias radioativas em materiais contaminados, explicou a Tepco à emissora japonesa NHK. O tanque se encontra em uma das linhas de processamento de líquido contaminado da central, e os mais de 1 mil litros de água contaminada que vazaram permaneceram dentro das instalações da usina graças às barreiras de contenção, segundo a Tepco.

A água contém 3,8 milhões de becquerels por litro de raios beta emitidos por substâncias radioativas como o estrôncio-90, informou a companhia, que acrescentou que nenhum funcionário teve contato com o líquido.

O vazamento aconteceu na única das três instalações principais de descontaminação - denominadas Sistema Avançado de Processamento de Líquidos (Alps, sigla em inglês) - que está em funcionamento na usina, depois que a Tepco decidiu interromper a operação das outras duas no mês passado devido a problemas técnicos.

O Alps foi desenvolvido pela empresa Toshiba para retirar 62 tipos de materiais radioativos com exceção do trítio, enquanto o outro sistema de descontaminação de água que está operando na central só é capaz de remover o césio.

As três linhas de purificação do Alps começaram a funcionar simultaneamente em fase de testes no dia 12 de fevereiro e, desde então, ocorreram problemas que indicam que seu funcionamento com rendimento total ainda levará mais tempo do que o esperado.

O incidente é um novo revés nos trabalhos de controle e gerenciamento da grande quantidade de água radioativa que se acumula na usina, o principal problema que a Tepco enfrenta desde o acidente provocado pelo terremoto e tsunami de 11 de março de 2011 na central de Fukushima.

EFE   
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