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Ásia

Nepal: tibetano ateia fogo ao próprio corpo em protesto contra a China

13 fev 2013 - 05h13
(atualizado às 06h40)
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Um manifestante tibetano encharcou-se com gasolina e ateou fogo ao próprio corpo nesta quarta-feira no Nepal, no mais recente protesto contra a presença e controle da China sobre o Tibete.

Homem foi levado em estado grave para o hospital
Homem foi levado em estado grave para o hospital
Foto: Reuters

Testemunhas disseram que um homem vestido como monge entrou em um café na capital Katmandu, em um distrito onde se localizam vários templos e monastérios budistas, e pediu para usar o banheiro. Após algum tempo, o homem foi para a rua e ateou fogo em si mesmo.

Ele chegou a correr alguns metros coberto em chamas e gritando contra a presença da China antes de cair. Keshav Adhikari, da polícia local, disse que pessoas que estavam no local e outros policiais conseguiram extinguir as chamas e levar o manifestante a um hospital, onde ele se encontra em estado grave. O protestante ainda não foi identificado, mas aparenta ter pouco mais de 20 anos, segundo Adhikari.

Desde 2009, 100 monges, freiras e manifestantes tibetanos atearam fogo ao corpo em vários países, muitos deles dentro da própria China, segundo dados do governo tibetano no exílio, sediado na cidade indiana de Dharamshala. O balanço anterior apontava que 99 tibetanos se imolaram com fogo desde 2009, com um total de 83 mortos.

Os protestantes pedem que o governo de Pequim permita uma maior liberdade religiosa e o retorno do exílio de seu líder espiritual, o Dalai Lama. Os representantes tibetanos atribuem o aumento das imolações à frustração imperante no Tibete ante a repressão exercida pela China contra sua religião e sua cultura.

Pequim acusa o Dalai Lama de estimular as imolações. O Tribunal Supremo e as principais instâncias judiciais e policiais chinesas anunciaram em dezembro que qualquer pessoa que ajude ou estimule um tibetano a cometer um ato de imolação será processada por "homicídio doloso".

Com informações das agências AFP, AP e Reuters

Fonte: Terra
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