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Ásia

Naufrágio: capitão teria sido indiciado em inquérito

Sobreviventes relataram que capitão estava entre os primeiros a deixar a embarcação

17 abr 2014 - 10h42
(atualizado às 10h46)
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<p>Lee Joon-Seok, capitão da balsa sul-coreana que afundou é investigado na delegacia de Mokpo, em 17 de abril</p>
Lee Joon-Seok, capitão da balsa sul-coreana que afundou é investigado na delegacia de Mokpo, em 17 de abril
Foto: Reuters

Um agente da Guarda Costeira sul-coreana disse, nesta quinta-feira que o capitão da balsa, Lee Joon-seok, de 60 anos, foi indiciado em inquérito, segundo informações da Reuters. Há relatos não confirmados de que ele teria sido o primeiro a abandonar o barco.

Muitos sobreviventes disseram à imprensa que Lee esteve entre os primeiros a serem resgatados, embora ninguém o tenha visto realmente saindo da balsa. A Guarda Costeira e a empresa que operava a embarcação não quiseram comentar.

Mais cedo, o capitão disse que "sente muito" e está "profundamente envergonhado" após o incidente. Lee apareceu brevemente na televisão, com o rosto coberto por um capuz, e disse que “não sabe o que dizer”.

A balsa, com 475 passageiros e tripulantes, virou na noite de terça-feira, no trajeto entre o porto de Incheon e a ilha turística de Jeju. Nove corpos foram achados, e 179 pessoas foram resgatadas com vida, segundo o governo. Ainda há 287 desaparecidos.

Viajavam na balsa 340 alunos e professores do Colégio Danwon, de Ansan, na periferia de Seul.

Não há explicação oficial para o naufrágio, que está sendo investigado. A balsa, fabricada há 20 anos no Japão, fazia uma rota muito percorrida, e não havia baixios ou pedras nos arredores imediatos do trajeto habitual.

Mergulhadores buscam vítimas

Apesar do vento, das ondas fortes e da água turva, mergulhadores continuaram na quinta-feira as buscas por centenas de pessoas, a maioria estudantes adolescentes, que desapareceram na véspera no naufrágio de uma balsa na costa da Coreia do Sul.

A Guarda Costeira, a Marinha e alguns mergulhadores individuais atuam no local do acidente, a cerca de 20 quilômetros da costa sudoeste da Coreia do Sul. Antes, equipes de resgate martelaram o casco emborcado da embarcação, na esperança de receber a resposta de algum sobrevivente preso lá dentro- o que não ocorreu, segundo relato da imprensa local.

Embora o local do naufrágio seja relativamente raso (menos de 50 metros), ele é muito perigoso para os cerca de 150 mergulhadores, que, segundo especialistas, precisam correr contra o tempo para poderem encontrar eventuais sobreviventes.

Com informações da Reuters.

Fonte: Terra
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