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Ásia

Morrem 3 policiais no 1º ataque de partidários de Hadi a quartel no Iêmen

12 mar 2015 - 06h11
(atualizado às 06h11)
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Pelo menos três policiais morreram e outros dois ficaram feridos nesta quinta-feira em um ataque de milicianos tribais partidários do presidente iemenita, Abdo Rabbo Mansour Hadi, a um quartel na cidade de Áden, informou à Agência Efe uma fonte de segurança.

Este é o primeiro enfrentamento entre seguidores e opositores do líder na região que este governa (Áden e o sul do Iêmen) desde que fugiu no mês passado da capital Sana, controlada atualmente pelo movimento rebelde xiita dos houthis.

Os milicianos, integrantes dos denominados Comitês Populares, que respaldam Hadi, tentaram tomar o controle do Quartel 20 das Forças da Segurança Central, situado no bairro Kerbeter, no centro de Áden.

Os guardas desse quartel, que não reconhecem a autoridade do presidente, responderam disparando contra os milicianos, que se refugiaram nos terraços dos edifícios próximos.

A fonte disse desconhecer se houve baixas nas fileiras dos milicianos, que recuaram ao amanhecer.

As Forças da Segurança Central e Especiais permanecem aquarteladas há cerca de uma semana em duas sedes de Áden, depois que seu comandante, o general Abdelhafez al Saqaf, original do norte do país, rejeitou a nomeação, por parte de Hadi, de um comandante sulista para esses contingentes.

A maioria dos oficiais e recrutas dessas forças são também originais do norte do país, e há rumores de que Saqaf simpatiza com o movimento dos houthis, enquanto Hadi é original do sul do país.

Hadi procura reorganizar as forças do exército e da polícia no sul do Iêmen para enfrentar uma eventual tentativa por parte dos milicianos xiitas de invadir a região.

As divisões norte-sul remontam à época na qual o país estava separado em dois Estados, que se unificaram em 1990, embora quatro anos mais tarde tenham travado uma guerra civil vencida pelo norte.

O Iêmen está imerso em um profundo conflito político, agravado desde que Hadi se retratou no mês passado de sua renúncia e anunciou que continuava sendo o presidente legítimo do país, em oposição ao determinado pelos houthis.

EFE   
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