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Ásia

Militares buscam 12 mil desaparecidos após tsunami no Japão

25 abr 2011 - 08h49
(atualizado às 09h46)
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Cerca de 25 mil militares japoneses e americanos iniciaram nesta segunda-feira uma missão conjunta para procurar quase 12 mil desaparecidos pelo terremoto e posterior tsunami que atingiram o Japão em 11 de março, na primeira operação que abraange áreas a menos de 30 quilômetros da usina de Fukushima.

Para a busca, que se prolongará até terça-feira, também foram mobilizados 90 aviões e helicópteros e 50 navios que rastreiam as regiões litorâneas das províncias de Iwate, Miyagi e Fukushima, as três mais afetadas pelo desastre.

Cerca de um mês e meio depois do terremoto, ainda há 11.889 desaparecidos, enquanto os mortos chegam a 14.358, segundo os últimos dados fornecidos pela Polícia japonesa.

Nas outras duas operações conjuntas de resgate de Japão e EUA, lançadas no início de abril, não foi possível encontrar uma grande quantidade de corpos, já que se acredita que muitos tenham sido arrastados para o interior do mar por causa do tsunami.

Entre as regiões inspecionadas nesta segunda-feira estiveram os escombros de vários edifícios de Miyagi, incluindi uma escola na qual ainda se buscam os corpos de 74 crianças desaparecidas após o desastre, informou a emissora pública NHK.

A operação também incluiu as águas do litoral e áreas situadas dentro de um ráio de 30 quilômetros da usina nuclear de Fukushima, onde se tenta restaurar o sistema de refrigeração danificado pelo tsunami e conter a radioatividade.

As autoridades ordenaram a evacuação, para meados de maio, de cinco áreas situados a até 40 quilômetros da usina nuclear, onde foi detectado um elevado nível de radiação.

O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, revelou nesta segunda-feira que a população que se retirou de um raio de 20 quilômetros da usina poderá ter acesso às suas residências por um período de até cinco horas para recolher seus pertences.

Estas visitas controladas serão realizadas a partir do início de maio por 26 mil pessoas que tiveram que deixar suas casas, ressaltou Kan, citado pela agência local Kyodo, durante uma sessão parlamentar.

O primeiro-ministro do Japão também defendeu sua resposta à crise nuclear, que foi alvo de críticas, e ressaltou que não houve "nenhum erro" na gestão da situação por parte do Governo.

EFE   
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