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Ásia

Mãe condenada por pedir punição para estupradores da filha será indenizada

Tang Hui pedia punições mais severas aos sequestradores que estupraram sua filha de 11 anos e forçaram a criança a se prostituir. Ela foi enviada para um campo de trabalho por perturbar a ordem social

15 jul 2013 - 09h40
(atualizado às 09h50)
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Tang Hui durante o julgamento em Changsha, na província de Hunan, nesta segunda-feira
Tang Hui durante o julgamento em Changsha, na província de Hunan, nesta segunda-feira
Foto: AFP

Uma mãe chinesa cuja filha foi estuprada e forçada a se prostituir ganhou nesta segunda-feira na Justiça uma indenização contra o governo da província de Hunan por ter sido sentenciada a um campo de trabalho após fazer campanha para os sequestradores de sua filha receberem punições mais severas, informa o jornal South China Morning Post, de Hong Kong.  

Em outubro de 2006, a criança de 11 anos foi sequestrada, estuprada repetidas vezes e forçada a se prostituir até ser encontrada três meses depois. Uma corte de Hunan condenou dois dos sequestradores à morte, quatro à prisão perpétua e um a 15 anos de detenção.

Tang Hui tinha sido sentenciada a reeducação em um campo de trabalhos em Yongzhou, no ano passado, por ter "seriamente perturbado a ordem social e promovido impacto negativo na sociedade" após conduzir uma campanha pedindo punições mais severas para os acusados de estuprar sua filha. 

Nesta segunda-feira, o tribunal de Hunan concedeu a Tang uma indenização de 2,641.55 yuan (cerca de R$ 1 mil) a ser paga pela comissão local de campos de trabalho. Ela apelava contra uma decisão de uma corte intermediária que, em 19 de abril, negou o pedido de indenização contra as autoridades de Yongzhou que a enviaram para o campo de trabalhos. Durante o julgamento, a autoridade que a sentenciou ao campo ofereceu uma desculpa oral por sua ação. 

Tang foi dispensada do campo de trabalhos após cumprir apenas uma semana no local devido ao debate público gerado pelo caso, que também levou a um debate sobre possíveis reformas no controverso sistema de detenções. 

Fonte: Terra
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