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Ásia

Líderes asiáticos discutem segurança no mar da China Meridional

18 nov 2011 - 12h01
(atualizado às 12h13)
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O presidente da Indonésia e anfitrião da cúpula asiática, Susilo Bambang Yudhoyono, afirmou nesta sexta-feira que a segurança no mar da China Meridional é vital para a região, onde alguns países reforçam sua capacidade militar.

A mensagem foi transmitida a chefes de Estado e Governo na véspera do fórum da Ásia Oriental, que será realizado na ilha de Bali. Algumas nações desta área estão aumentando sua despesa em defesa, como resposta à obstinação com a qual a China reivindica áreas do Mar da China Meridional, exibindo um poder armamentista cada vez maior.

"Todos confiamos que as diretrizes (do código de conduta) nos conduzam a uma perspectiva comum sobre a importância da segurança e da estabilidade no Mar da China Meridional", disse em seu discurso o líder indonésio.

As reivindicações sobre a soberania parcial das ilhas que integram o arquipélago Spratly e o conjunto das ilhas Paracel, transformam o Mar da China Meridional no maior foco regional de tensão.

China, Vietnã, Filipinas, Brunei, Malásia e Taiwan disputam áreas ou a totalidade das ilhas Spratly, aparentemente ricas em jazidas de gás e petróleo, enquanto o controle das Paracel é reivindicado pelos Governos da China e Vietnã.

O primeiro porta-aviões chinês deve começar a patrulhar as águas da área no próximo ano, enquanto o Vietnã aguarda receber os primeiros dos seis submarinos Kilo 636, comprados da Rússia. Duas fragatas com mísseis compradas do mesmo país já estão em serviço.

O Governo da Malásia começou neste ano a construção de seis navios de guerra e os Estados Unidos se comprometeram a fornecer às Filipinas um segundo navio para sua força naval, após ter recebido o primeiro em agosto no meio de uma nova fase de tensão com a China.

Na cúpula, que pela primeira vez conta com a participação de um presidente dos Estados Unidos, o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, afirmou que "a disputa deve ser resolvida mediante consultas e discussões entre os países diretamente relacionados com elas" e defendeu que China adote uma postura pacífica.

"Sob nenhum pretexto nenhuma força externa deve se intrometer", disse Wen em uma aparente mensagem aos Estados Unidos, país que insiste na importância da estabilidade no Mar da China Meridional para o comércio mundial.

Já o chefe do Governo japonês, Yoshohiko Noda, pediu aos outros governantes que criem um fórum multilateral específico no qual seja debatida a cooperação marítima na Ásia, uma iniciativa que foi apoiada pelas Filipinas.

"Este é um assunto que relaciona muitos países na região", disse aos jornalistas Ricky Carandang, porta-voz da delegação filipina.

O primeiro-ministro do Vietnã, Nguyen Tan Dung, também se mostrou a favor de resolver a disputa no Mar da China Meridional, que frequentemente é motivo de tensão, com a adoção de iniciativas pacíficas em conformidade com a lei internacional.

Na cúpula da Ásia Oriental se reúnem os líderes dos Estados-membros da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), organização fundada em 1967 e composta por Mianmar, Brunei, Camboja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Cingapura, Tailândia e Vietnã.

Também participam do fórum os governantes da Austrália, China, Coreia do Sul, Índia, Japão e Nova Zelândia. Estados Unidos e Rússia também estarão representados.

EFE   
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