PUBLICIDADE

Ásia

Lavrov se reunirá com Kerry no Catar para discutir sobre Síria, EI e Ucrânia

1 ago 2015 - 09h17
Compartilhar
Exibir comentários

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, se reunirá com o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, durante sua visita dos dias 2 e 3 de agosto ao Catar para discutir sobre a Síria e outras crises internacionais, informou a Chancelaria russa neste sábado.

Em relação à Síria, a Rússia propôs designar Moscou como sede da terceira rodada de conversas entre Damasco e a oposição síria, encontro que pode ocorrer antes da sessão da Assembleia Geral do fim de setembro.

Segundo fontes diplomáticas russas, a reunião de segunda-feira entre Lavrov e Kerry pode contar com a presença do ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, Adel al Jubeir.

Ao contrário das duas rodadas anteriores, que terminaram quase sem resultados e que foram ignoradas pelos principais grupos opositores ao regime de Bashar al Assad, a Rússia convidou os Estados Unidos para comparecer ao debate.

Moscou espera que, caso sua iniciativa prospere, também compareça à capital russa o enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura.

O Kremlin defende a manutenção da integridade territorial da Síria e, ao contrário dos EUA e da oposição síria, não considera que a condição para que o processo de paz tenha êxito seja que Assad ceda o poder e lembra o que ocorreu na Líbia após a morte de Muammar Kadafi.

Na semana passada, os dois principais grupos políticos da oposição síria anunciaram a adoção de um roteiro para conseguir uma solução política ao conflito sobre a base do comunicado de Genebra.

Outro assunto que Lavrov e Kerry discutirão é a situação no leste da Ucrânia, onde autoridades e rebeldes pró-Rússia mantêm com grandes dificuldades o cessar-fogo, enquanto negociam a criação de uma zona desmilitarizada.

A Rússia apoiou o acordo nuclear com o Irã, mas é muito crítica com a política americana em relação ao Estado Islâmico, já que responsabiliza o Ocidente por criar o problema ao apoiar grupos radicais insurgentes na Síria e em outros países.

O presidente russo, Vladimir Putin, pediu nesta semana ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, para unir forças para combater o Estado Islâmico, ao considerar o grupo uma ameaça comum para o mundo civilizado.

EFE   
Compartilhar
Publicidade
Publicidade