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Ásia

Kim Jong-il vai à China buscar ajuda para Coreia do Norte

3 mai 2010 - 09h55
(atualizado às 10h20)
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O recluso líder norte-coreano Kim Jong-il chegou na segunda-feira à China, em busca de apoio econômico e proteção diplomática do seu único grande aliado, e depois de irritar toda a região com suas exibições de força militar e com decisões equivocadas no âmbito doméstico.

Líder norte-coreano Kim Jong-il chega a hotel onde está hospedado em Dalian, China
Líder norte-coreano Kim Jong-il chega a hotel onde está hospedado em Dalian, China
Foto: Reuters

A China, que há décadas dá apoio ao regime comunista norte-coreano, está cada vez mais farta do seu vizinho provocador, mas se dispõe a bancar Kim para evitar o caos na sua fronteira, segundo analistas.

Ciente disso, Kim deve reivindicar concessões para em troca controlar seus militares e voltar às negociações internacionais para o desarmamento nuclear da Coreia do Norte.

Ele cruzou a fronteira com a China ainda durante a madrugada, em seu trem blindado, e chegou à cidade portuária de Dalian. Como parte do esquema de segurança, o hotel onde a comitiva se hospeda teve a fachada coberta por um imenso lençol branco.

A TV japonesa NHK mostrou Kim, com seu habitual traje cáqui, cercado por corpulentos agentes chineses e por uma comitiva de carros pretos.

Na sua viagem anterior, em 2006, Kim visitou centros industriais chineses.

A revitalizada Dalian tem recebido muitos investimentos estrangeiros, tornando-se um símbolo do tipo de desenvolvimento que a China há anos propõe para a miserável Coreia do Norte, algo que deixa Kim encurralado.

Reformas econômicas abririam o misterioso país e poderiam abalar a ideologia oficial norte-coreana, que coloca os "militares em primeiro lugar", justificando assim as dificuldades econômicas.

Não houve nenhuma confirmação oficial da viagem. Jornalistas acampados na localidade chinesa de Dandong, na fronteira com a Coreia do Norte, foram expulsos da área por agentes chineses logo antes de o trem de Kim cruzar o rio. A polícia chinesa impediu equipes sul-coreanas de fazerem imagens em Dalian.

Esta é a primeira viagem de Kim ao exterior desde o suposto derrame que sofreu em 2008. Analistas também se perguntam se o filho mais novo dele, Jong-un, viajou com ele, no que seria uma apresentação ao governo chinês do herdeiro presuntivo desta que é a única dinastia comunista da Ásia.

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