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Ásia

Kerry se reunirá com Putin para falar de cessar-fogo na Síria e sobre Ucrânia

22 mar 2016 - 14h51
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O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, se reunirá amanhã, quarta-feira, com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, para falar do processo de paz na Síria e da instável situação na Ucrânia.

"Efetivamente, haverá reunião entre Kerry e Putin. Provavelmente falarão de um amplo leque de assuntos e, em primeiro lugar, de temas já conhecidos: Síria e Ucrânia", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, informou a agência "TASS".

Antes, Kerry, que chega esta noite a Moscou vindo de Cuba, também se reunirá com o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.

A visita acontece uma semana depois de Putin ordenar a retirada do grosso das forças russas da Síria, decisão pactuada com o presidente sírio, Bashar al Assad, e que surpreendeu a Casa Branca, segundo a imprensa internacional.

Um dos principais temas de conversa será o cumprimento do cessar-fogo, que entrou em vigor no final de fevereiro e que não abarca o Estado Islâmico e outros grupos jihadistas como a Frente al Nusra.

Hoje, véspera da chegada de Kerry, a Rússia pediu aos EUA para definirem o mais rápido possível as normas gerais de reação em caso de violações da trégua, e advertiu que começará a atuar de maneira unilateral se Washington não atender à convocação.

"A demora da entrada em vigor de normas pactuadas para reagir às violações do cessar-fogo é inaceitável. Morrem civis todos os dias em consequência de ataques e provocações", declarou o chefe da Direção Operacional de Estado-Maior Geral das Forças Marinha da Rússia, general Sergei Rudski.

Quanto ao conflito ucraniano, o processo de paz está estagnado, responsabilidade que recai na Ucrânia, segundo a Rússia, que acusou hoje Kiev de se recusar aceitar a convocação de eleições locais nas áreas sob controle separatista, as regiões de Donetsk e Lugansk.

Além disso, espera-se que Kerry peça a libertação da piloto ucraniana Nadezhda Savchenko, que foi condenada hoje a 22 anos de prisão pelo assassinato de dois jornalistas russos durante o conflito ucraniano, decisão qualificada de "política" pelo Ocidente.

Embora as relações russo-americanos não tenham se normalizado desde a anexação da Crimeia, em março de 2014, o acordo sobre o programa nuclear iraniano e o cessar-fogo na Síria demonstram que os contatos foram reatados no mais alto nível.EFE

EFE   
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